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Após tormenta, cúpula do governo respira aliviada com recuo do dólar

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A queda de 1,71% na cotação do dólar na quarta-feira (3/7) representou um alívio para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A moeda norte-americana reverteu tendência de alta e fechou em R$ 5,56. Apesar disso, o Executivo federal, pressionado ante sucessivos aumentos da moeda dos EUA em relação ao real, enfrenta turbulência severa na política cambial.

Lula suavizou seu discurso, após dias de ataques ao Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. Na quarta, em evento no Palácio do Planalto, o mandatário da República afirmou que a responsabilidade fiscal é “um compromisso do governo” e que “não joga dinheiro fora”. “Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003 e a gente manterá ele à risca”, frisou o petista.

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Presidente Lula e integrantes do MST

Hugo Barreto/Metrópoles

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Lula e Haddad

Hugo Barreto/Metrópoles

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Theo Saad/Metrópoles

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Haddad com o texto da reforma tributária, ao lado de Lira

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

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Presidente Lula

IGO ESTRELA/METRÓPOLES @igoestrela

Após a informação de que o dólar fechou em queda de 1,71%, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, celebrou e afirmou que a “comunicação bem feita melhora tudo”.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, por outro lado, minimizou a relação entre a queda e as declarações de Lula.

“Querem que a gente acredite que a especulação com o real brasileiro é culpa do Lula. E hoje, para mentir que tinham razão, dizem que o mercado acalmou, porque Lula ‘mudou de tom’”, escreveu a presidente do PT no X (antigo Twitter). “Todo mundo sabe, até os arrogantes do mercado, que Lula sempre teve compromisso com a responsabilidade fiscal.”

Maior patamar em dois anos

Os sucessivos aumentos do dólar acompanharam o crescimento de incerteza no mercado, principalmente quanto à política fiscal adotada pelo governo federal. O cenário se somava às críticas de Lula quanto à atuação de Roberto Campos Neto. Na terça-feira (2/7), o dólar fechou em R$ 5,664.

Recentemente, Lula endureceu as críticas à atuação de Campos Neto após a taxa básica de juros, a Selic, ser mantida a 10,5% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto permanecerá no cargo até o último dia de 2024.

“Como pode o presidente da República ganhar as eleições e, depois, não poder indicar o presidente do Banco Central? Ou, se indica, ele tem uma data. Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Então, não é correto isso”, reclamou.

Na última semana, Lula ainda afirmou que Campos Neto tem “lado político” que prejudica o país. “Só temos uma coisa desajustada neste instante: o comportamento do Banco Central. Um presidente que não demonstra capacidade de autonomia, tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, disse.

O petista ainda disse que vai escolher um presidente do BC que tenha compromisso “com o desenvolvimento do país, com controle da inflação, mas que tem que pensar também em uma meta de crescimento”. O principal cotado é Gabriel Galípolo, diretor de política monetária.

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