2000 foi muito bem representado no cinema e teve lançamentos bem importantes, como Missão Impossível 2, Todo Mundo em Pânico, Dinossauro e Gladiador. Este último, de Ridley Scott, marcou época e teve uma das maiores bilheterias daquele ano ao arrecadar mais de R$ 465 milhões.
Veja detalhes do filme Gladiador 2, de Ridley Scott
Quase duas décadas e meia depois, o diretor decidiu brindar os fãs da franquia com mais um filme e se tornou responsável por um dos grandes lançamentos do fim de ano com Gladiador 2. Mesmo com elenco reformulado, Scott trouxe uma história original, ligada diretamente com os acontecimentos de 2000, e igualmente épica à primeira.
O cineasta decidiu mostrar o que aconteceu após a saga de Maximus Decimus (Russel Crowe), que era o grande gladiador de Roma, mas morre ao final da produção. O responsável por dar sequência ao longa é Hanno (ou Lucius), interpretado por Paul Mescal.
Ele retorna após ser sequestrado como prisioneiro de guerra pelo exército de Roma, liderado pelo seu padrasto Marcus Acacius. O protagonista só é descoberto após recitar um poema de seu pai aos imperadores gêmeos Caracalla e Geta. O primeiro objetivo é se vingar de Acacius, mas Lucius acaba retomando uma velha ideia de seus antepassados com a Roma dos Sonhos.
Logo que chega a Roma, ele participa dos jogos, que continuam bastante épicos por conta da forma como são filmados, com truques de câmeras e ângulos planejados para dar ao espectador a impressão de estar nos confrontos. Tudo acontece de uma maneira muita plástica, principalmente quando o embate é entre os protagonistas.
As estratégias de guerra e a demonstração de liderança dos personagens principais é um dos pontos altos do filme. É muito interessante ver como eles se utilizavam da inteligência para derrotar os inimigos, seja durante uma guerra, seja durante as lutas nas arenas.
Elenco
A grande aposta de Ridley Scott foi escalar uma nova geração de artistas. Connie Nielsen e Djimon Hounsou se mantiveram no filme, que recebeu o reforço de Paul Mescal, Pedro Pascal e Joseph Quinn. Denzel Washington também chega ao time.
Mescal encara o blockbuster com naturalidade, após se tornar um rosto conhecido de filmes indies, como Aftersun, A Filha Perdida e Intruso. Muita força, perspicácia, liderança e teimosia são os principais pontos do “mocinho” desse filme.
É interessante ver Pedro Pascal em uma nova perspectiva. Ele, que já foi sobrevivente de um mundo dominado por zumbis, mandaloriano, investigador contra o mundo das drogas, dessa vez encarna um conquistador romano. Para ele, viver um personagem é como trocar de roupa: fácil. O ator dá personalidade a Cacius, que se mostra ser gladiador e um marido excelente, além de um guerreiro misericordioso.
Já Denzel Washington encarna Macrinus, um ex-gladiador que compra Lucius após uma exibição na arena, logo que ele chega a Roma. Com um ar de soberania, mas também com comédia e até ironias, ele se mostra um dos pontos mais altos da produção, com um papel muito importante e que conta com o brilhantismo do ator.
Por fim, Joseph Quinn e Fred Hechinger, que interpretam os imperadores gêmeos na produção, se completam, com um deles sendo mais insano, com um temperamento complexo e querendo sangue a todo momento; e o outro se mostrando mais pé no chão e levando o governo de maneira mais “sábia”.
Aliado a tudo isso, a ambientação, seja durante uma conquista de Cacius, seja nas lutas em arenas ou até pelas ruas de Roma, compõe o cenário épico pretendido por Ridley Scott. Tudo foi minimamente pensado para que o espectador realmente voltasse à época em que o Coliseu era o grande ponto de entretenimento de Roma.
Se você gostou do primeiro Gladiador, conte os minutos para a estreia dessa sequência. O filme realmente ficou épico e caminha na trilha de sucesso do primeiro.