- Publicidade - spot_imgspot_img
spot_img
HomeBem EstarHistória de Dona Beja é ambientada em cidade encantadora próxima ao DF

História de Dona Beja é ambientada em cidade encantadora próxima ao DF

- Publicidade -

Anunciada para o primeiro trimestre de 2026, Dona Beja será a sucessora de Beleza Fatal na Max. A produção já atiça a curiosidade dos noveleiros. O que nem todo mundo conhece é a proximidade do enredo com Brasília: parte fundamental da história se passa em Paracatu, cidade localizada a apenas três horas de carro da capital federal.

Protagonizada por Grazi Massafera, a trama revisita a vida de Ana Jacinta de São José, mulher destemida que enfrentou e venceu um coronel nos tribunais em pleno século XIX. A primeira versão, exibida em 1986 pela TV Manchete, já destacava a passagem da protagonista pela antiga Vila de Paracatu do Príncipe. A produção de Dona Beja confirmou ao Metrópoles que o novo roteiro também inclui os dois anos que a personagem viveu na cidade mineira.

Leia também

5 imagensGrazi Massafera como Dona BejaDona BejaGrazi Massafera como Dona BejaDona BejaFechar modal.1 de 5

Grazi Massafera como Dona Beja

Reprodução/Instagram2 de 5

Grazi Massafera como Dona Beja

Reprodução/Instagram3 de 5

Dona Beja

Reprodução/Instagram4 de 5

Grazi Massafera como Dona Beja

Reprodução/Instagram5 de 5

Dona Beja

Divulgação

A exibição de Dona Beja, na década de 1980, movimentou Paracatu, que hoje conta com mais de 90 mil habitantes. O sucesso do folhetim reviveu o imaginário popular acerca de Dona Beja, que está presente na arquitetura e na memória do município.

Passagem de Dona Beja por Paracatu

Paracatu (MG)

Segundo o livro de Agripa Vasconcellos, A Vida em Flor de Dona Beja, Ana Jacinta foi sequestrada em 1814, aos 15 anos, pelo ouvidor Joaquim Inácio Silveira da Motta e levada para Paracatu, onde permaneceu contra a própria vontade.

“A personalidade ousada de Ana Jacinta e o comportamento altivo para a época — ela processou um coronel de Araxá e ganhou dele na justiça em meados do século XIX — fez com que ela caísse nas graças do povo e dos romancistas da época”, explica o historiador Alexandre Gama.

Quando Motta foi transferido para o Rio de Janeiro por ordem de D. João VI, abandonou Ana Jacinta nos arredores do então inexistente Distrito Federal. De volta a Araxá, ela usou suas economias para abrir um luxuoso bordel que abalou os costumes mineiros.

Mais de cem anos depois da passagem de Dona Beja por Paracatu, a inauguração da nova capital federal, em 1960, mudaria os rumos do Brasil. As histórias de Dona Beja, de Paracatu e de Brasília se misturam.

A 900 km da pequena vila em Minas Gerais, borbulhava uma idéia que só seria concretizada 137 anos depois. No Rio de Janeiro, José Bonifácio de Andrada e Silva já planejava transferir a capital do Brasil para o interior do país.

Em 1823, José Bonifácio sugeriu à Assembleia Constituinte que a região de Paracatu se tornasse a nova capital e, já naquela época, deu o nome de Brasília como sugestão. Apesar de a ideia não ter ido para frente, a nova capital seria erguida a pouco mais de 200 km de Paracatu décadas depois.

História que resiste

Em Paracatu, o legado de Dona Beja sobrevive no Sobradinho Dona Beja, sobrado erguido em 1750 pelo português João de Mello Franco. Primeiro casarão de alvenaria da cidade, o prédio é palco de numerosas lendas, já que ali teria morado Dona Beja. Ainda de pé, a casa é usada como órgão da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Antes e depois do sobrado onde Dona Beja teria vivido

Embora a personagem esteja viva na memória popular, o que se conta sobre ela mistura tradição oral e poucos registros históricos. As histórias são passadas de geração em geração, dando origem a diferentes versões de sua passagem por Paracatu.

“Uma obra de ficção se beneficia ainda mais de uma personagem cujo amparo documental se encontra perdido, desconhecido ou mesmo inexistente. A liberdade criativa se torna maior e os críticos, possivelmente menos exigentes”, avalia Alexandre Gama.

Gravações cariocas, coração mineiro

Paracatu (MG)

Apesar da presença de Paracatu no enredo, a Warner Bros. Discovery confirmou que nenhuma cena foi filmada na cidade. As gravações ocorreram em diversos municípios do Rio de Janeiro, incluindo uma cidade cenográfica construída em uma antiga fábrica na capital fluminense.

A estrela da primeira versão, Maitê Proença, também relembrou as gravações feitas há mais de 40 anos. A atriz contou que, na época, as cenas foram feitas no subúrbio do bairro Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Infelizmente não chegamos a gravar em Paracatu. Nem Araxá foi usado como cenário, não daria, pouco foi preservado”, contou.

Expectativa

As filmagens do remake terminaram em maio de 2024 e o teaser foi liberado na sequência. Maitê aposta em uma abordagem “mais livre”, centrada no mito de Dona Beja, enquanto o autor original, Wilson Aguiar Filho, seguiu minuciosamente o livro de Agripa Vasconcellos.

“Acho que o remake será mais livre, inspirando-se apenas no mito de Dona Beja em vez da Beja histórica. É a impressão que tenho”, afirmou.

Assista ao teaser de Dona Beja:

- Publicidade -
- Publicidade -
Midias Sociais
35,000FansLike
419,000FollowersFollow
ÚLTIMAS NOTICIAS
- Publicidade -
Relacionadas
- Publicidade -