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Após recuo, mercado financeiro espera crescimento de 0,5% na inflação

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, deve registrar alta no mês de setembro, segundo integrantes do mercado financeiro. Os dados referentes ao período serão publicados, nesta quinta-feira (9/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mês passado, o IPCA registrou queda de 0,11%, influenciado pela inclusão do Bônus de Itaipu nas contas emitidas em agosto. Foi a primeira deflação registrada no ano.

  • Deflação é quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir, sendo o oposto da inflação.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação, registrou alta de 0,48%. Segundo o IBGE, a variação foi motivada pelo crescimento de 12,17% na energia elétrica residencial, influenciada  pelo fim dos descontos na conta de energia elétrica com o Bônus de Itaipu.

O Bônus de Itaipu é o valor distribuído aos consumidores todo ano após apuração do saldo registrado na conta de comercialização da energia da usina hidrelétrica binacional no ano anterior.

O que é IPCA

  • O IPCA é calculado desde 1979 pelo IBGE. O índice é considerado o termômetro oficial da inflação e é usado pelo Banco Central (BC) para ajustar a taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 15% ao ano.
  • Ele mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
  • O IPCA mensura dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país.
  • O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros.

Expectativa de inflação

O mercado financeiro tem expectativas de alta para a inflação no mês de setembro, conforme já foi pode ser observado na prévia publicada pelo IBGE.

Para o Banco Daycoval, o IPCA de setembro deve subir 0,55% com forte pressão temporária de energia elétrica, no entanto, a queda dos preços dos alimentos pode atenuar esse movimento. “Grande parte deste resultado decorre do fim dos descontos nas contas de energia elétrica proporcionado pelo bônus de Itaipu. Contudo, este movimento é temporário não altera nossa expectativa de que a taxa de inflação encerre o ano em 4,9%”, afirma o banco.

Já a Warren Investimentos afirma que a maior preocupação no momento está em energia elétrica. A escassez de chuvas e a possibilidade de um novo fenômeno climático aumentam o risco de pressões adicionais nesse subgrupo. “Apesar de nossas projeções atuais estarem em 4,5% para 2025 e 2,6% para 2026, enxergamos assimetrias: viés de baixa em 2025 e viés de alta em 2026”, diz.

Ainda, o Bradesco projeta alta de 0,5% em setembro. A instituição espera menor deflação nos preços de alimentos e aceleração nos bens industriais, com destaque para veículos, cujos preços devem voltar ao campo positivo após o desconto do IPI em agosto. Por outro lado, os preços de serviços subjacentes tendem a desacelerar, mantendo o movimento de acomodação dos núcleos de inflação.

Projeção acima da meta

Apesar das revisões nas projeções, tanto o mercado financeiro quanto o BC esperam inflação acima da meta ao final de 2025.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, ou seja, o teto é de 4,5%. A partir desse ano a inflação passou a ser medida em formato de meta contínua, o que quer dizer que ela é contabilizada pelo acumulo de seis meses consecutivos.

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