Categoria: Tecnologia

  • Aberração? Cientistas descobrem a origem genética da cor do gato laranja

    Aberração? Cientistas descobrem a origem genética da cor do gato laranja

    Um novo estudo pode ter descoberto exatamente o que torna os gatos laranjas especiais — embora talvez não seja pelo motivo que você imagina.

    Gatinhos ruivos são conhecidos entre os tutores por serem particularmente amigáveis e cheios de personalidade. Para os geneticistas, no entanto, a singularidade desses animais domésticos vem da maneira incomum como eles adquirem sua cor.

    Agora, cientistas dizem ter desvendado um mistério de longa data ao identificar a mutação específica no DNA responsável por esse tom dourado — uma variante que não foi encontrada em nenhum outro animal.

    A variante genética foi descrita pela primeira vez em um artigo publicado em 15 de maio na revista Current Biology.

    “Essa é um tipo realmente incomum de mutação”, disse o autor principal do estudo, Christopher Kaelin, cientista sênior em genética da Universidade de Stanford, na Califórnia.

    A maioria dos gatos totalmente laranjas são machos, o que levou cientistas, décadas atrás, a concluir que o código genético para a cor laranja está localizado no cromossomo X.

    Como em outros mamíferos, fêmeas possuem dois cromossomos X, enquanto os machos têm um X e um Y. Qualquer gato macho que carregue o gene da cor laranja em seu único cromossomo X será inteiramente desta cor. Já uma fêmea precisaria herdar o gene em ambos os X (um de cada progenitor) para ser completamente alaranjada, o que é menos comum.

    Em vez disso, a maioria das gatas com pelagem laranja apresenta padrões manchados — calico ou casca de tartaruga — que podem incluir também preto e branco.

    Mas onde exatamente a mutação está localizada no cromossomo X, e como ela gera a coloração laranja, era um enigma até agora. Normalmente, alterações que levam a pelos amarelos ou alaranjados em animais (e cabelos ruivos em humanos) ocorrem dentro de genes que controlam a pigmentação. E esses genes não estão no cromossomo X.

    “Isso sugeriu para nós que, ao identificar a causa molecular, poderíamos aprender algo novo e interessante — o que de fato aconteceu”, disse Greg Barsh, coautor do estudo e professor emérito de genética e pediatria em Stanford.

    As descobertas não apenas esclareceram a origem peculiar da coloração carismática de alguns gatos, mas também revelaram novos insights sobre um gene já conhecido.


    • Sam Chang/Unsplash

    A falha genética por trás dos gatos laranjas

    O primeiro passo foi identificar mutações genéticas exclusivas de gatos laranjas que poderiam causar sua coloração. Durante dez anos, Kaelin frequentou exposições de gatos, pedindo a tutores de felinos ruivos permissão para coletar amostras de DNA com um cotonete bucal. (Ele também tem interesse em padrões semelhantes aos de felinos selvagens, como leopardos e jaguatiricas, comuns em raças populares como Bengal e Toyger.)

    Comparando sua coleção de DNA com genomas felinos sequenciados nos últimos cinco a dez anos, ele e sua equipe de pesquisa encontraram 51 variações genéticas no cromossomo X compartilhadas por gatos machos laranjas. Mas 48 delas também estavam presentes em animais não laranjas, restando apenas três mutações como candidatas prováveis.

    Uma delas era uma pequena exclusão de 5.076 pares de bases que removeu cerca de 0,005% do cromossomo X em uma região que aparentemente não codificava nenhuma proteína específica. A exclusão não estava dentro de um gene, onde mutações costumam ocorrer.

    No entanto, a mutação estava entre dois locais associados a um gene próximo chamado Arhgap36, que regula uma importante via de sinalização hormonal usada por praticamente todas as células e tecidos de mamíferos. Não havia nenhuma ligação conhecida com pigmentação. O gene nem sequer é ativado em células que produzem pigmento.

    Para entender como o gene afeta a cor, Kaelin estudou sua ação em tecidos vivos coletados em clínicas de castração, que de outra forma seriam descartados.

    Os experimentos mostraram que, de alguma forma, a exclusão ativa o Arhgap36 em células de pigmento, onde bloqueia a produção de substância preta, fazendo com que as células produzam a cor laranja.

    Essa variante não foi encontrada em nenhum outro animal, incluindo os gatos selvagens que deram origem aos gatos domésticos.

    “É uma exceção genética que foi notada há mais de cem anos”, disse Kaelin em um comunicado da Universidade de Stanford. “É justamente esse quebra-cabeça genético comparativo que motivou nosso interesse pelo gene ligado ao sexo que causa a coloração laranja.”

    Essa singularidade sugere que a mutação provavelmente ocorreu uma única vez durante a domesticação e depois foi selecionada por cruzamentos, explicou Kaelin. “Vemos a mesma alteração em todos os gatos laranjas que analisamos em uma ampla área geográfica, então foi uma modificação única”, ele afirmou.

    “E sabemos que essa mutação é bastante antiga porque há representações de gatos calicos na arte chinesa que datam do século XII.” Ele acrescentou que especialistas em DNA pré-histórico podem usar essas novas descobertas para identificar quando e onde a alteração surgiu.

    “As variantes identificadas podem servir como ferramentas valiosas em genética de populações para rastrear a história evolutiva dos felinos domésticos”, disse Hannes Lohi, professor de biosciências veterinárias e genética na Universidade de Helsinque, na Finlândia, que não participou do estudo.

    Enquanto isso, Kaelin e seus colaboradores querem descobrir como uma pequena exclusão, que não está localizada dentro de um gene, pode alterar a atividade de um gene próximo.

    “O objetivo é, claro, aprender sobre essa mutação,” observou Barsh, “mas também queremos entender mais sobre os mecanismos de mutação em geral: por que isso é tão incomum e se o mesmo mecanismo pode ocorrer em outros genes que causam outras características fenotípicas em outros animais.”

    Ele destacou que existem muitas condições em humanos consideradas genéticas, mas para as quais nenhuma mutação foi identificada. Talvez, ele propõe, o problema não seja apenas que ainda não localizamos as mutações, mas que não entendemos todas as formas pelas quais as mutações podem causar doenças.

    E será que a genética incomum dos gatos laranjas pode explicar suas personalidades particulares? Até agora, Kaelin diz que ele e seus colegas não têm motivo para acreditar nisso, embora outros pesquisadores possam usar as descobertas para buscar associações entre comportamento e cor da pelagem.

    “Acho que os gatos laranjas convenceram seus donos de que são diferentes, mas ainda não nos convenceram,” concluiu.

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  • Astrônomos registram pela 1ª vez galáxias “duelando” no espaço; veja

    Astrônomos observaram, pela primeira vez, duas galáxias envolvidas em um verdadeiro “duelo” no espaço profundo. Usando observações combinadas de telescópios terrestres ao longo de quase quatro anos, os pesquisadores viram essas galáxias distantes se aproximando uma da outra a mais de 1,8 milhão de quilômetros por hora.

    Uma delas disparava repetidamente feixes intensos de radiação contra a outra, dispersando nuvens de gás e enfraquecendo a capacidade da oponente de formar novas estrelas.

    “É por isso que chamamos de ‘justa cósmica’”, disse Pasquier Noterdaeme, pesquisador do Instituto de Astrofísica de Paris e do Laboratório Franco-Chileno de Astronomia no Chile, que fez parte da equipe responsável pela descoberta.

    O que Noterdaeme e seus colegas observaram foi uma imagem distante de duas galáxias em processo de fusão, a 11 bilhões de anos-luz da Terra. Os achados, descritos em um estudo publicado nesta quarta-feira (21) na revista Nature, oferecem um raro vislumbre de um período antigo do universo, quando fusões de galáxias e a formação de estrelas eram mais comuns.

    Aproximação cósmica

    Trabalhando com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul e o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma), ambos no Chile, os pesquisadores descobriram que a radiação intensa da galáxia “atacante” vem de seu núcleo brilhante — um quasar — alimentado por um buraco negro supermassivo.

    Segundo a Nasa, a intensa gravidade do buraco negro atrai matéria de forma tão energética que poeira e gás aquecem a milhões de graus e se tornam luminosos. Esses materiais giram em torno da região antes de serem engolidos, formando um “disco de acreção”, de onde saem jatos de matéria energética em direção ao espaço.

    Cada explosão de ondas ultravioletas desse quasar é cerca de mil vezes mais forte que a radiação da Via Láctea, o que faz com que moléculas de hidrogênio nas regiões de formação estelar da galáxia “vítima” se separem e se dispersem, segundo o estudo.

    Estrelas se formam quando grandes aglomerados de gás e poeira atingem massa crítica e colapsam sob sua própria gravidade. No entanto, após serem dispersas pela radiação, essas nuvens não eram mais densas ou grandes o suficiente para criar novas estrelas.

    À medida que mais material da galáxia “vítima” se aproxima do buraco negro, ele alimenta ainda mais o quasar. Sabe-se que os quasares podem “se desligar” de tempos em tempos, explicou Sergei Balashev, coautor do estudo e pesquisador do Instituto Ioffe, na Rússia — o que pode permitir que as nuvens moleculares se reformem.

    “É realmente a primeira vez que conseguimos ver o efeito da radiação de um quasar sobre o gás molecular de uma galáxia próxima”, disse Balashev. Até agora, esse efeito era apenas teorizado, sem confirmação por observação direta.

    Inicialmente, os cientistas queriam observar esse quasar em particular por suas características únicas entre milhares de espectros de baixa resolução — algo como uma impressão digital de objetos celestes distantes, que revela pistas sobre sua composição, temperatura e atividade.

    “É como encontrar uma agulha no palheiro”, disse Balashev. No entanto, segundo Noterdaeme, a luz dos quasares é tão intensa que frequentemente ofusca suas próprias galáxias hospedeiras, dificultando a observação de galáxias vizinhas.

    Segundo a Nasa, quasares tão dinâmicos e luminosos são raros. Apenas cerca de mil deles são conhecidos no universo primitivo, disse anteriormente Anniek Gloudemans, pesquisadora do NOIRLab, à CNN.

    “A princípio, sabíamos apenas que havia gás molecular entre o quasar da galáxia ‘atacante’ e nós. Só depois, com telescópios maiores, detectamos que havia, de fato, duas galáxias”, disse Noterdaeme.

    Enquanto a dupla parecia sobreposta nos espectros de baixa resolução, imagens de alta resolução do Alma revelaram que as galáxias estão separadas por milhares de anos-luz. Usando o VLT, os pesquisadores estudaram a densidade e a distância do gás afetado pela radiação do quasar.

    Como a luz dessas galáxias vem de bilhões de anos atrás, no início do universo, é possível que elas já tenham se fundido — mas não há como ter certeza, disse Balashev.

    Um sopro do passado

    Cientistas acreditam que quasares e fusões galácticas eram muito mais comuns nos primeiros tempos do universo, segundo Dong-Woo Kim, astrofísico do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, que não participou da pesquisa.

    Galáxias se fundem quando são puxadas uma em direção à outra pela gravidade — algo mais frequente quando o universo era mais compacto. Com o tempo, ele se expandiu e muitas galáxias se uniram em outras maiores.

    Segundo Noterdaeme, há 10 bilhões de anos o universo passava por um período interessante, que os astrônomos chamam de “meio-dia cósmico”, quando as estrelas se formavam em ritmo acelerado.

    Apesar de menos comuns hoje, as fusões de galáxias continuam acontecendo o tempo todo. Inclusive, a Via Láctea deverá se fundir com a galáxia de Andrômeda em alguns bilhões de anos. Mas a equipe de pesquisa ainda não sabe se o fenômeno da “justa cósmica” é algo típico em colisões galácticas.

    “É um campo empolgante de estudo”, disse Kim. “Pesquisas como essa podem nos ensinar mais sobre o nascimento de novas galáxias e como elas evoluem com o tempo.”

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  • Bactéria desconhecida na Terra é encontrada na estação espacial chinesa

    Bactéria desconhecida na Terra é encontrada na estação espacial chinesa

    Uma notícia publicada recentemente pelo jornal chinês South China Morning Post revelou a descoberta de uma bactéria não conhecida na Terra em uma cabine da estação espacial chinesa Tiangong. Detectada em uma inspeção de mapeamento rotineiro, a cepa foi batizada como Niallia tiangongensis. 

    Os microrganismos foram inicialmente detectados pela tripulação da Shenzhou-15, que realizou a última etapa de construção da Tiangong, como parte de uma das duas pesquisas do Programa de Microbioma da Área de Habitação da Estação Espacial, que monitoram comunidades microbianas potencialmente perigosas.

    A remoção e identificação da N. tiangongensis foi descrita por pesquisadores do Shenzhou Space Biotechnology Group e do Instituto de Engenharia de Sistemas Espaciais de Pequim em artigo publicado na revista International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, em março de 2025.

    O estudo, revisado por pares, afirma que, “como os micróbios podem apresentar riscos potenciais à saúde humana e à operação normal de naves espaciais, o estudo de microrganismos espaciais na CSS [iniciais em inglês para Estação Espacial Chinesa] é sempre urgente”.

    Segundo os pesquisadores, o microrganismo possui características biológicas e metabólicas especiais, que podem favorecer sua sobrevivência e adaptação ao ambiente espacial extremo.

    De onde veio a bactéria desconhecida?


    Bacillus circulans pode causar sepse em pacientes imunocomprometidos • Freepik

    A detecção do microrganismo surpreendeu os cientistas. Não pela presença de bactérias no espaço, que é uma ocorrência comum nesses ambientes, mas porque a espécie encontrada nunca havia sido descrita em nosso planeta.

    As características biológicas e genéticas da nova espécie indicam algumas similaridades com uma cepa terrestre conhecida como Niallia circulans, uma bactéria em forma de bastonete que vive no solo, conhecida por sua resistência e capacidade de formar esporos.

    Essas estruturas de sobrevivência protegem as bactérias de condições ambientais adversas, como radiação, falta de nutrientes e microgravidade. São justamente essas características, afirmam os pesquisadores, que podem ter permitido que a bactéria sobrevivesse, e até prosperasse, na estação espacial.

    Mas, qual seria a origem dessa bactéria desconhecida? A resposta mais plausível é que ela tenha sido levada sem querer da Terra, provavelmente, “de carona” em equipamentos, mantimentos ou até mesmo pelos próprios astronautas, após sobreviver surpreendentemente ao processo de descontaminação.

    Segundo os autores, a nova bactéria possui capacidade única de quebrar gelatina para obter nitrogênio e carbono, criando biofilmes protetores em condições adversas. No entanto, perdeu a habilidade de metabolizar “guloseimas” (substâncias energéticas) consumidas pelas parentes da Terra.

    Como evitar contaminações por bactérias no espaço?


    Bactérias mostraram uma notável adaptabilidade aos nossos habitats orbitais. • China Manned Space Engineering Office/Divulgação

    Essa especialização evolutiva com perdas observada na Niallia mostra que evoluir em um ambiente onde a gelatina era abundante permitiu à espécie abrir mão de outras funções digestivas. A rapidez com que isso ocorreu mostra uma notável adaptabilidade aos nossos habitats orbitais.

    O fenômeno mostra que não há muito que possamos fazer a respeito. Exames realizados nas “salas limpas” utilizadas pela Nasa na preparação da missão Mars Phoenix revelaram dezenas de diferentes cepas microbianas, incluindo 26 espécies completamente novas.

    Um estudo recente dessas bactérias, encontradas no ensaio da missão que irá estudar o gelo do Ártico marciano, revelou que sua extraordinária resistência resulta de genes altamente especializados no reparo eficiente de DNA e na tolerância a substâncias consideradas tóxicas.

    Como não podemos impedir sua existência nem sua impressionante capacidade adaptativa, torna-se absolutamente vital conhecer profundamente esses microrganismos. Só assim será possível prever, com um certo grau de precisão, como eles se ajustarão à vida espacial.

    Ainda não está claro se a N. tiangongensis representa algum tipo de ameaça à saúde dos astronautas. Contudo, o fato de sua “prima” Bacillus circulans causar sepse em pacientes imunocomprometidos reforça a importância de compreender esses “clandestinos microscópicos” como prioridade em futuras missões espaciais.

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  • Veja cinco itens que ajudam na rotina de quem mora sozinho

    Veja cinco itens que ajudam na rotina de quem mora sozinho

    Morar sozinho garante os maiores níveis de independência e liberdade que se pode conquistar, mas também fazem com que as tarefas domésticas fiquem sob a responsabilidade de uma pessoa só.

    Alguns itens tecnológicos podem ajudar nas tarefas de lavar louças, lembrar de compromissos e limpar o chão. A CNN preparou uma lista de produtos que vão facilitar a rotina te quem mora sozinho.

    Veja cinco itens úteis para quem mora sozinho

    Robô aspirador


    A fotografia mostra um chão sujo e, ao lado, um robô aspirador prestes a limpar o local.
    • Roborock

    Essa opção de presente economiza tempo, facilita a rotina e mantém a casa limpa com praticidade. Em uma variedade que vai de R$ 200 a R$ 3 mil, a depender da marca e do modelo, o robô aspirador pode ter funções como sensor automático para evitar colisões, passar pano, início automático, entre outros.

    Assistente virtual


    • John Tekeridis/Pexels

    Conhecido apenas como Alexa, o modelo da Amazon mais popular, esse dispositivo responde a comandos de voz para tocar músicas, controlar aparelhos da casa, responder perguntas, criar lembretes e muito mais.

    Ele funciona conectado à internet e usa inteligência artificial para facilitar tarefas do dia a dia, sendo útil tanto para organização pessoal quanto para entretenimento.

    Lava louças


    Micróbios extremófilos existem em alguns dos ambientes mais hostis da sua casa
    • Freepik

    Louças na pia são quase uma certeza de quem mora sozinho e é o único responsável por essa tarefa interminável. Uma lava-louças automatiza a limpeza, economizando tempo e esforço diário na rotina doméstica. Além disso, consome menos água do que a lavagem manual, sendo mais sustentável.

    O investimento inicial pode ser alto, mas as horas economizadas no dia a dia compensam o gasto. Além disso, ajuda a manter a cozinha sempre organizada com mínimo esforço.

    Fechadura eletrônica


    • Pexels/Gustavo Galeano Maz

    Quando se mora sozinho, não há alguém para socorrer caso as chaves sejam perdidas, então esse dispositivo pode te salvar — além de ser uma coisa a menos para carregar na bolsa.

    Ainda, a fechadura eletrônica permite controlar o acesso à casa com senhas, biometria ou aplicativos, oferecendo mais autonomia para receber visitas fixas ou prestadores de serviço.

    Lâmpadas inteligentes


    • Oscar Wong/Getty Images

    Para quem mora sozinho, as lâmpadas inteligentes facilitam a rotina com controle por celular ou voz, mesmo à distância. É possível programar horários, ajustar a intensidade da luz e criar cenários personalizados.

    Além disso, aumentam a segurança ao simular presença em casa.

    Amazon altera configurações de privacidade da Alexa; o que muda?

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  • Nova espécie de polvo é descoberta em águas profundas da Austrália

    Nova espécie de polvo é descoberta em águas profundas da Austrália

    Uma nova espécie de polvo foi descoberta durante um mergulho em cânion de águas profundas na costa da Austrália. A novidade foi relatada em artigo publicado no Australian Journal of Taxonomy no último dia 13.

    A espécie foi chamada de Opisthoteuthis carnarvonensis, ou polvo-flapjack de Carnarvon, em homenagem ao local onde foi encontrada. A descoberta foi feita pelo navio de pesquisa (RV) Investigator, liderado pela Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), agência científica nacional da Austrália.

    O RV Investigator realizou uma viagem de um mês para pesquisar os habitats relativamente inexplorados e a biodiversidade do leito marinho dos Parques Marinhos Gascoyne e Carnarvon Canyon, na Austrália Ocidental.

    Durante a viagem, os pesquisadores usaram câmeras, redes e trenós de alta tecnologia para coletar amostras e capturar imagens de milhares de metros abaixo da superfície do oceano. A partir dessas pesquisas, foram coletados muitos espécimes que provavelmente eram espécies novas para a ciência.

    O polvo-flapjack de Carnarvon é descrito como um pequeno polvo gelatinoso de águas profundas que cresce até cerca de quatro centímetros de diâmetro. Mas ainda pouco se sabe sobre sua ecologia ou estilo de vida. Os espécimes usados para descrever a nova espécie foram coletados em profundidades de 1.044 a 1.510 metros dentro e ao redor dos Parques Marinhos Carnarvon Canyon e Gascoyne.

    Os polvos-flapjack são um tipo de polvo cirrato, e há, aproximadamente, 50 espécies descritas desse tipo no mundo todo — 15 delas registradas em águas australianas. Espécies de polvo-flapjack são conhecidas pela capacidade de achatar o corpo no formato de uma panqueca (e essa é a origem de seu nome) ou de se erguer para parecer um pequeno guarda-chuva gelatinoso.

    Esses animais possuem olhos grandes, aumentando a capacidade de detectar presas nas profundezas mal iluminadas de seus habitats. Eles se alimentam de minhocas e pequenos crustáceos, usando seus tentáculos para capturar e consumir suas presas.

    Cientistas descobrem comunidade de animais escondida no fundo do mar

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  • WhatsApp libera conversas por voz em grupos; veja como funciona

    WhatsApp libera conversas por voz em grupos; veja como funciona

    O empresário Mark Zuckerberg anunciou nesta quinta-feira (22) o recurso “Conversas por Voz” para todos os grupos de WhatsApp. A novidade possibilita que membros iniciem, de forma espontânea, uma conversa por voz sem ter que sair do chat ou iniciar uma ligação.

    Anteriormente, o recurso estava disponível apenas para grandes grupos, e agora todos podem começar uma conversa por voz, independentemente do tamanho do grupo. Diferentemente de uma ligação, os integrantes do grupo podem entrar na conversa quando quiserem, sem precisar sair do chat.

    Para iniciar uma conversa por voz, basta deslizar a tela da conversa para cima e segurar por alguns segundos. A conversa por voz fica fixada na parte de baixo da conversa para que você consiga acessar os controles com facilidade e para que os membros do grupo possam conferir quem está na conversa e entrar quando quiserem.

    Quais são as diferenças entre conversas por voz e ligações em grupo?

    Apesar de semelhantes, o recurso de conversas por voz é diferente das ligações em grupo de WhatsApp. A conversa por voz não notifica todo o grupo ou gera um toque como nas ligações.

    Além disso, uma vez finalizada, a conversa por voz não fica registrada no grupo, sendo uma alternativa mais espontânea para um assunto rápido no grupo. Ligações em grupo oferecem mais estrutura quando há algo específico a ser discutido, como o recurso de levantar a mão e reações com emojis, enquanto as conversas por voz são uma opção mais casual.

    Por fim, as conversas por voz funcionam como um espaço de conversa ao vivo, em que qualquer pessoa do grupo pode ouvir e participar ativamente.

    As conversas por voz, assim como as ligações e mensagens, são protegidas com criptografia de ponta a ponta.

    Veja como trancar conversas no WhatsApp para ter mais privacidade

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  • Google lança neste ano plataforma futurística de videoconferência; confira

    Google lança neste ano plataforma futurística de videoconferência; confira

    O Google anunciou durante a Google I/O 2025 sua nova plataforma de videoconferência chamada Google Beam. A tecnologia 3D permite que pessoas separadas pela distância — como colegas de trabalho, amigos ou familiares — tenham conexões mais realistas por meio das chamadas.

    Anteriormente chamada de Projeto Starline, a empresa mudou o nome já pensando em seu lançamento comercial, que deve acontecer ainda neste ano. A proposta consiste em uma grande tela equipada com diversas câmeras que captam variados ângulos.

    Isso aumenta o rastreamento preciso dos movimentos da cabeça em 60 quadros por segundo. Do outro lado da conversa, a pessoa estará usando o mesmo equipamento.

    Com inteligência artificial (IA) e telas com tecnologia de campo e luz, a chamada de vídeo ganha profundidade, aumentando a sensação de uma interação realista. Tudo isso sem a necessidade de óculos especiais ou headsets de realidade virtual.

    O Google planeja disponibilizar o Google Beam para seus clientes corporativos até o final deste ano. O sistema deverá ser compatível com as mesmas plataformas de videoconferências já conhecidas como o Google Meet e o Zoom.

    No entanto, o alto custo da tecnologia deve limitar seu uso inicial a altos executivos que precisam se reunir com parceiros ao redor do mundo, evitando longas viagens. Há também o potencial de uso em setores como saúde e educação, aproximando profissionais e usuários em diferentes locais – algo que pode beneficiar trabalhadores da linha de frente futuramente.

    Confira:

    Google vai facilitar remoção de informações pessoais da busca

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  • SpaceX é autorizada a lançar voo de teste da Starship após duas falhas

    SpaceX é autorizada a lançar voo de teste da Starship após duas falhas

    Os reguladores federais deram sinal verde à SpaceX para outro voo de teste da Starship, o veículo de lançamento mais potente já construído, depois que dois acidentes com explosivos no início deste ano fizeram chover detritos perto de ilhas nos oceanos Caribe e Atlântico.

    A Administração Federal de Aviação (FAA), que licencia lançamentos de foguetes comerciais, disse nesta quinta-feira (22) que a SpaceX pode prosseguir com sua próxima tentativa de lançamento enquanto uma investigação sobre a falha mais recente do veículo, durante a qual ele explodiu perto das Bahamas, está em andamento, confirmou a agência à CNN.

    Os reguladores decidiram permitir que a empresa prosseguisse com outra missão de teste, chamada de Voo 9, após determinar que a SpaceX atendeu a “todos os rigorosos requisitos de segurança, ambientais e outros requisitos de licenciamento”.

    A atualização da FAA ocorre após a agência emitir uma licença de lançamento no último dia 15 de maio para o próximo voo de teste.

    A aprovação da licença foi um marco significativo e uma vitória para a SpaceX, pois marcou a etapa final de um processo de aprovação há muito aguardado. A empresa buscava há anos expandir o número máximo de lançamentos que podia realizar anualmente a partir de suas instalações no sul do Texas, Estados Unidos — sede das instalações de fabricação e operação da Starship.

    “A FAA aprovou modificações na licença para a missão SpaceX Starship Flight 9”, afirmou a FAA no comunicado de 15 de maio. “A aprovação inclui a ação final que permite à SpaceX aumentar as operações da Starship de cinco para 25 por ano em Boca Chica, Texas.”

    Na época, a FAA também observou que expandiria o tamanho das zonas de risco — ou áreas de exclusão de aeronaves — que seriam bloqueadas durante o próximo voo da Starship.

    A agência disse que fez a mudança em resposta aos dois acidentes anteriores, o Voo 7 em janeiro e o Voo 8 em março, que sinalizaram “uma maior probabilidade de falha” nos cálculos da FAA.

    Pela primeira vez, a SpaceX também pretende tentar reutilizar um propulsor de foguete Super Heavy no Voo 9. O Super Heavy é a maior parte do sistema de lançamento da Starship e consiste em um cilindro de aço de 71 metros (232 pés), tanques de combustível e todos os 33 motores de foguete que fornecem a explosão inicial de impulso na decolagem.

    Até agora, a SpaceX recuperou com segurança três propulsores Super Heavy após o lançamento, com o objetivo de reformar e reutilizar as peças do foguete para reduzir custos.

    Expansão das áreas de risco

    A FAA disse que expandiria o tamanho da área de risco da Starship — que tem como objetivo manter aeronaves e outros veículos fora da trajetória de voo do sistema de lançamento — de 885 milhas náuticas (1.018 milhas) mapeadas em documentos anteriores para 1.600 milhas náuticas (1.841 milhas) para o lançamento de teste do Voo 9.

    A expansão da zona de exclusão deve afetar até 175 voos, com um tempo médio de atraso previsto de 40 minutos, segundo a FAA. A agência estima que tais atrasos custam aos viajantes cerca de US$ 50 (cera de R$ 285) por hora e às companhias aéreas de passageiros até US$ 100,80 (cerca de R$ 570) por minuto, ou US$ 6.048,00 (aproximadamente R$ 34,5 mil) por hora por voo atrasado.

    “Para minimizar a interrupção”, afirma o documento, “a janela de lançamento foi programada fora dos períodos de pico de trânsito”.

    A SpaceX ainda não anunciou publicamente o horário de lançamento do Voo 9.

    Riscos de queda de detritos

    A FAA também mapeia áreas de resposta a detritos onde acredita que pedaços do veículo podem cair caso ele exploda em pleno voo.

    A SpaceX disse que, após os acidentes do Voo 7 e do Voo 8, os destroços ficaram, em sua maioria, nessas áreas.

    Mas em janeiro, pedaços da nave Starship, do Voo 7, que falhou, ficaram espalhados pelas ilhas de Turks e Caicos. Houve também um relato de danos materiais: um pedaço de destroço atingiu um carro na ilha de South Caicos, confirmou a FAA na época.

    Restos do voo de teste fracassado de março também caíram perto das Bahamas.

    “A FAA está em contato próximo e em colaboração com o Reino Unido, Ilhas Turks e Caicos, Bahamas, México e Cuba, enquanto a agência continua monitorando a conformidade da SpaceX com todos os requisitos de segurança pública e outros requisitos regulatórios”, disse a agência em um comunicado nesta quinta.

    “A SpaceX precisa atualizar sua Análise de Segurança de Voo para levar em conta todos os resultados de voos realizados anteriormente, incluindo eventos de acidentes, e para calcular e estabelecer áreas de risco”, diz a declaração.

    Não houve relatos de ferimentos relacionados aos acidentes anteriores da Starship.

    Em uma declaração de janeiro à CNN, a FAA disse que exige que a SpaceX mapeie “áreas de risco suficientes para garantir que a probabilidade de acidente para um membro do público em terra ou a bordo de uma embarcação marítima não exceda uma em um milhão”.

    Nave estelar e o panorama geral

    Embora a empresa tenha enfrentado reações negativas por suas recentes falhas nos voos de teste e pelos laços do CEO Elon Musk com a atual administração presidencial, o eventual sucesso do veículo Starship é considerado crucial para os objetivos da Nasa.

    A agência espacial já concordou em pagar à SpaceX até US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 23 bilhões) para levar astronautas à superfície lunar em até duas missões de pouso na Lua programadas para o final desta década.

    A parceria da SpaceX com a Nasa também pode se expandir caso a agência decida abandonar seu próprio foguete Sistema de Lançamento Espacial, ou SLS, como sugeriu o governo Trump. 

    O documento orçamentário preliminar da Casa Branca, divulgado em 2 de maio, recomendou o fim do foguete SLS após três voos.

    Descontinuar o foguete SLS provavelmente deixaria a Starship como a única opção para levar astronautas ao espaço profundo — seja para a Lua ou para Marte, que é o destino escolhido por Musk e Jared Isaacman, um confidente de Musk que Trump escolheu para liderar a NASA. (A agência espacial ainda aguarda a confirmação final do Senado para a nomeação de Isaacman.)

    O futuro da nave estelar

    Há muito tempo a SpaceX anuncia a Starship como uma empresa com preços acessíveis e que mudaria o jogo para seu tamanho.

    Musk afirmou que o preço por voo de teste tem sido de cerca de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões. Os protótipos voados até agora, no entanto, viajaram apenas em uma trajetória suborbital e não foram equipados com alguns recursos que serão necessários para missões tripuladas, como sistemas de suporte de vida.

    A SpaceX também precisa descobrir como reabastecer o veículo enquanto ele estiver em órbita ao redor da Terra, um procedimento que será necessário para viagens mais profundas no espaço.

    O processo de desenvolvimento da Starship gerou controvérsia em parte porque a empresa está empregando uma abordagem de engenharia que ela chama de “desenvolvimento iterativo rápido”.

    A filosofia enfatiza o lançamento de protótipos relativamente baratos durante o processo de desenvolvimento, com o objetivo de identificar e corrigir rapidamente problemas de projeto. O método contrasta com o adotado pela NASA para o SLS, por exemplo, que se concentrou em extensos testes em solo que praticamente garantem o sucesso na primeira tentativa de lançamento.

    Devido à sua abordagem única de desenvolvimento, a SpaceX é conhecida por aceitar contratempos terríveis, ao mesmo tempo em que enfatiza que até mesmo voos de teste malsucedidos ajudam os engenheiros a melhorar o design da Starship — talvez mais rápido e mais barato do que se a empresa empregasse abordagens de engenharia alternativas.

    “Com um teste como esse, o sucesso vem do que aprendemos”, disse a empresa com frequência em declarações emitidas após as falhas nos voos da Starship.

    No entanto, esses testes rápidos e frequentes levaram a falhas explosivas e de alto nível ao longo da história da empresa, que há muito tempo servem como um grito de guerra para os detratores.

    SpaceX lança primeira missão com tripulação à órbita polar

    Starship, da SpaceX, é foguete mais poderoso já construído; entenda

    Este conteúdo foi originalmente publicado em SpaceX é autorizada a lançar voo de teste da Starship após duas falhas no site CNN Brasil.

  • Lobo-terrível: cientista admite ser impossível recriar espécie extinta

    Lobo-terrível: cientista admite ser impossível recriar espécie extinta

    A pesquisadora Beth Shapiro, cientista-chefe da Colossal Biosciences — startup que alegou ter recriado uma espécie de lobos pré-históricos — disse que a empresa nunca afirmou ter trazido a espécie de volta da extinção e que tal feito é impossível.

    Em entrevista à New Scientist nesta quinta-feira (22), ela defendeu que “Nós nunca escondemos que era isso. As pessoas ficaram bravas porque nós os chamávamos de lobos terríveis [….] Mas a questão é que dissemos desde o começo que são lobos cinzentos com 20 edições“.

    Shapiro disse que a empresa apenas usou o nome da espécie extinta para simplificar o entendimento do público e que sempre deixaram claro que essa não era uma “recriação” dos lobos-terríveis.

    “Não é possível trazer de volta algo idêntico a uma espécie que já existiu. […] É transformador e uma ciência inovadora — só não é desextinção”, disse a cientista-chefe da Colossal Biosciences.

    Sobre as acusações de que a empresa estaria minimizando a importância de proteger os animais da extinção, ela disse que “Agora, de repente, isso está ligado à ideia de que não precisamos nos importar. É terrível”.

    Em entrevista à New Scientist, Richard Grenyer, pesquisador da Universidade de Oxford, comentou que a afirmação de Shapiro vai contra o que a empresa anunciou sobre a restauração dos animais extintos.

    “Acredito que há uma séria inconsistência entre o conteúdo da declaração e as ações e o material publicitário — incluindo o conteúdo padrão do site, não apenas o briefing  de imprensa sobre o lobo terrível — da empresa”, disse.

    Relembre o caso

    A startup Colossal Biosciences anunciou em abril que conseguiu recriar a espécie de lobos pré-históricos a partir de um DNA antigo. Eles estão extintos há 12 mil anos, mas a empresa afirmou que três exemplares nasceram em outubro e estão sendo mantidos em uma reserva natural de localização desconhecida.

    O código genético foi obtido a partir de fragmentos de lobos-terríveis recuperados dos poços de La Brea, um sítio de piche — áreas onde uma forma espessa de petróleo bruto aflora à superfície da Terra — em Los Angeles, nos Estados Unidos.

    A Colossal Biosciences teria, então, conseguido recuperar o material 500 vezes mais do que qualquer equipe de pesquisadores anterior a partir de um dente com 13 mil anos e de um crânio com 72 mil anos, e criado os três filhotes.

    O DNA que, de fato, pertenceu aos lobos-terríveis da pré-história não foi inserido no genoma do lobo cinzento, ele foi usado como modelo a ser replicado.

    Cientistas discordaram do retorno da extinção

    Quando a Colossal Biosciences usou o termo “des-extinguir” para se referir ao processo e ao nascimento dos três filhotes de pelo branco, alguns cientistas discordam que estejamos presenciando o “renascimento” de uma espécie.

    O paleoecologista da Universidade de Otago, Nic Rawlence, se manifestou sobre o anúncio em suas redes sociais: “Este não é um lobo terrível. É um lobo cinzento com características de lobo terrível, um ‘híbrido’.”

    Em entrevista à BBC, ele explicou: “DNA antigo é como se você colocasse DNA fresco em um forno de 500 graus durante a noite. Ele sai fragmentado — como cacos e poeira. Você pode reconstruí-lo, mas não é bom o suficiente para fazer alguma coisa com ele.”

    A paleoecologista Jacquelyn Gill, da Universidade de Maine, também defendeu que não é possível dizer que a espécie voltou da extinção, em entrevista à Scientific American.

    “Este é um lobo cinzento geneticamente modificado”, disse ela. “Tenho mais de 14 genes neandertais em mim, e não me chamaríamos de neandertal.”

    O que é a Colossal Biosciences

    Uma startup de biotecnologia tem sede em Dallas, nos Estados Unidos, e busca “redefinir a extinção e estabelecer padrões para a ciência por trás dela”, segundo o site oficial. 

    De acordo com a página da empresa, ela promove uma aplicação funcional de tecnologia avançada de edição genética destinada a reconstruir o DNA da megafauna perdida e de outras criaturas que tiveram um impacto mensuravelmente positivo nos ecossistemas.

    Fundado pelo empresário Ben Lamm e pelo geneticista da Universidade de Harvard George Church em 2021, a Colossal conta com um aporte de US$ 435 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões).

    O conselho da empresa conta com diversos estudiosos da área, além de celebridades como Chris Hemsworth, George R. R. Martin, Joe Manganiello, Steve Aoki e Tom Brady.

    Além dos lobos, a intenção da startup norte-americana é reverter a extinção dos mamutes-lanosos, dos tilacinos (conhecidos como tigres-da-Tasmânia) e dos dodôs. Para realizar esse feito, os cientistas usam DNA antigo, clonagem e tecnologia de edição genética para alterar os genes de animais que ainda habitam, nosso planeta.

    Espécie de lobo extinta há 12 mil anos é “recriada”; entenda

    *Com informações de Flávio Ismerim, Marina Toledo e Fernanda Pinotti, da CNN, e Katie Hunt, da CNN Internacional

    Este conteúdo foi originalmente publicado em Lobo-terrível: cientista admite ser impossível recriar espécie extinta no site CNN Brasil.

  • Quem é o designer do iPhone e por que ele é tão importante para a OpenAI

    Quem é o designer do iPhone e por que ele é tão importante para a OpenAI

     

    Jony Ive, designer conhecido por revolucionar os produtos da Apple, anunciou um novo e ambicioso projeto ao lado de Sam Altman, CEO da OpenAI, para desenvolver uma startup de hardware de inteligência artificial, a io.

    Ive foi o principal responsável pelo design de produtos icônicos que marcaram gerações, como o iMac, iPod, iPhone, iPad e Apple Watch. Durante mais de duas décadas na Apple, atuou como braço direito de Steve Jobs e liderou uma filosofia de design minimalista que ajudou a transformar a Apple em uma das empresas mais valiosas do mundo.

    Em 2019, deixou oficialmente a companhia para fundar a LoveFrom, um coletivo de design. Agora, com um acordo avaliado em cerca de US$ 6,5 bilhões, segundo relatórios do The Wall Street Journal, Bloomberg e outros veículos de mídia, ele se une à OpenAI em um projeto ainda envolto em mistério, mas que já chama a atenção do mercado.

    Segundo a Business Insider, a proposta é criar um dispositivo centrado em inteligência artificial — algo que vá além dos smartphones e computadores tradicionais. A ideia é desenvolver uma nova interface, mais intuitiva e centrada no usuário, que represente um salto evolutivo na forma como interagimos com a tecnologia.

    A parceria entre Ive e Altman, no entanto, começou há dois anos. Ive fundou a io em 2024, reunindo uma equipe de especialistas em hardware e software. Com a fusão, essa equipe se integrará aos times de pesquisa e engenharia da OpenAI em São Francisco, enquanto a LoveFrom assume responsabilidades criativas. 

    Altman expressou entusiasmo pelo projeto, descrevendo-o como “a peça de tecnologia mais incrível que o mundo já viu”, enquanto Ive destacou que sua trajetória de 30 anos o preparou para este momento de redefinir a interação entre humanos e tecnologia.

    Trajetória de Jony Ive

    Britânico, formado em design industrial, entrou na Apple em 1992 e ganhou destaque com a volta de Steve Jobs em 1997. Juntos, criaram uma nova linguagem de design minimalista, elegante e funcional. Ive liderou o design de produtos como o iMac, iPod, iPhone, iPad, MacBook Air e Apple Watch, tornando o design um dos pilares centrais da identidade da Apple.

    Em 2015, foi nomeado chief design officer, com influência não apenas no hardware e software da Apple, mas também em projetos arquitetônicos como o Apple Park. Em 2019, deixou a Apple.

    Em 2024, iniciou uma parceria com a OpenAI e o SoftBank. O projeto prevê a criação de um novo tipo de dispositivo de inteligência artificial.

    Jony Ive neste transformou o celular em um objeto de desejo com o iPhone, sendo um um ícone cultural e tecnológico, e a expectativa agora é que ele possa fazer o mesmo com a IA.

    Veja cinco dicas para aumentar a segurança do seu iPhone

    *Com informações de Lisa Eadicicco, da CNN

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  • Cobra-papagaio: conheça a serpente colorida que vive nas árvores do Brasil

    Cobra-papagaio: conheça a serpente colorida que vive nas árvores do Brasil

    Pesquisadores do Mapinguari, Laboratório de Biogeografia e História Natural de Anfíbios e Répteis do Instituto de Biociências (Inbio) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), descobriram a existência de uma nova espécie de cobra-papagaio no Cerrado brasileiro, a Leptophis mystacinus.

    Tudo começou anos atrás quando o professor Nelson Rufino, do Instituto de Biociências da UFMS, notou uma faixa depois dos olhos e um padrão de cores diferente em serpentes do gênero Leptophis encontradas no Tocantins.

    Naquela época, nenhuma investigação adicional foi realizada, o que levou Nelson e seu colega Daniel Fernandes a atribuir provisoriamente esses espécimes a uma outra espécie até que um estudo mais completo de sua variação pudesse ser realizado. Outros estudos realizados nos anos seguintes com indivíduos com padrão listrado de Leptophis revelou a existência de uma espécie não descrita, aparentemente endêmica do Cerrado.

    “Em 2023, enquanto estava como professor visitante nos Estados Unidos, conversei com o professor Nelson, que mencionou um bicho diferente no Cerrado que ele havia encontrado em sua tese, mas ainda sem muitas evidências para descrevê-lo”, relata Diego Santana, professor do Inbio e coordenador do Mapinguari. Agora, em 2025, a espécie misteriosa foi descrita como Leptophis mystacinus.

    A faixa preta bilateral é uma característica que diferencia essa de outras espécies de cobras-papagaio. “Ela tem essa faixa preta que atravessa os olhos e se prolonga pelo corpo, o que não acontece em outras espécies”, afirma Santana. Essa cobra não é peçonhenta, sendo completamente inofensiva para seres humanos.

    A descoberta reforça a necessidade de preservar o Cerrado, que é o bioma brasileiro mais devastado na atualidade. A destruição do Cerrado cresceu 43% em 2023 quando comparada a 2022. Dados compreendendo a devastação do bioma ao longo de todo o ano de 2024 ainda não foram divulgados, mas vale lembrar que nesse ano o Cerrado sofreu com incêndios de grandes proporções.

    Aves beijoqueiras estão ameaçadas no Cerrado, diz pesquisador

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  • Pegadas encontradas na Austrália mudam teorias sobre origem dos répteis

    Pegadas encontradas na Austrália mudam teorias sobre origem dos répteis

    Pegadas distintas com garras encontradas em uma laje de rocha de 356 milhões de anos da Austrália sugerem que os parentes dos répteis surgiram entre 35 milhões e 40 milhões de anos antes do que se acreditava anteriormente.

    As pegadas também retrocedem a origem dos amniotas, um grupo que inclui répteis, aves e mamíferos, e fornecem novas evidências sobre como os animais fizeram a transição de viver exclusivamente nos mares para viver em terra.

    Os amniotas representam uma parte crucial da transição da vida aquática para a terrestre, pois foram os únicos tetrápodes, ou criaturas de quatro membros, que evoluíram para se reproduzir em terra.

    Anteriormente, os fósseis corporais e pegadas mais antigos associados aos amniotas datavam de 318 milhões de anos no Canadá. Mas as novas descobertas, publicadas em 14 de maio na revista Nature, desafiam essas suposições de longa data e indicam que a transformação dos tetrápodes que viviam na água para viver em terra provavelmente ocorreu muito mais rapidamente do que os cientistas imaginavam.

    “Estou atônito”, afirma o coautor do estudo Per Erik Ahlberg, professor de biologia evolutiva e do desenvolvimento na Universidade de Uppsala, na Suécia, em um comunicado. “Uma única laje com pegadas, que uma pessoa consegue carregar, coloca em dúvida tudo o que pensávamos saber sobre quando os tetrápodes modernos evoluíram.”

    O local da descoberta indica que a Austrália, que já foi uma parte central do antigo supercontinente meridional Gondwana — que também incluía as atuais África, América do Sul, Arábia, Madagascar, Antártida e Índia — pode ser o local ideal para procurar mais fósseis de amniotas e répteis — e onde eles se originaram, de acordo com os autores do estudo.


    A equipe de pesquisa comparou as pegadas com vários animais, incluindo uma pata de iguana moderna • Traci Klarenbeek

    Reescrevendo a história evolutiva

    A laje de rocha, encontrada por paleontólogos amadores e coautores do estudo Craig Eury e John Eason na Formação Snowy Plains, em Victoria, na Austrália, parece mostrar dois conjuntos de pegadas do mesmo animal que representam as pegadas com garras mais antigas já descobertas.

    O formato dos pés é semelhante ao de um monitor-d’água moderno e, embora o tamanho exato do animal seja desconhecido, ele pode ter se parecido com uma pequena criatura semelhante a um goanna, com cerca de 80 centímetros de comprimento, segundo o autor principal do estudo, John Long, professor estratégico de paleontologia na Universidade Flinders. Os monitores-d’água asiáticos são grandes lagartos nativos do sul e sudeste da Ásia, enquanto os goannas são grandes lagartos comuns na Austrália.

    Garras curvas, uma característica-chave específica dos répteis, podem ter permitido que esse tetrápode primitivo cavasse e escalasse árvores.


    Os pesquisadores analisaram os conjuntos de pegadas na pedra para determinar que tipo de animal as fez • Long et al

    O animal que fez as pegadas é o réptil mais antigo conhecido e também o amniota mais antigo conhecido, segundo Ahlberg. E está ajudando os cientistas a decifrar como os tetrápodes evoluíram.

    “Nossa nova descoberta implica que as duas principais linhagens evolutivas que levaram aos tetrápodes modernos — uma, a linha dos anfíbios modernos, e outra, a linha que leva aos répteis, mamíferos e aves — divergiram uma da outra muito antes do que se pensava, provavelmente ainda no Período Devoniano, cerca de 380 milhões de anos atrás”, diz Long.

    Antes dessa descoberta, acreditava-se que o Período Devoniano fosse uma época de tetrápodes primitivos semelhantes a peixes e “fishápodes” como o Tiktaalik, que exibiam características de peixes e de primeiros tetrápodes e começaram a explorar as linhas costeiras de maneira limitada.

    Mas o novo estudo revela uma diversidade de tetrápodes grandes e pequenos, alguns aquáticos e outros em grande parte ou totalmente terrestres, que provavelmente viveram ao mesmo tempo.

    “Uma das implicações da nossa pesquisa é que a diversidade de tetrápodes nessa época era maior e incluía formas mais avançadas do que se pensava”, escreveu Ahlberg em um e-mail.

    É fundamental entender quando a vida fez a transição de totalmente aquática para terrestre porque isso representa um dos maiores marcos na evolução da vida, segundo Long. Essa transição mostrou que os animais não eram mais dependentes de viver na água ou perto dela.


    O Dr. Aaron Camens, o Dr. John Long e a Dra. Alice Clement analisam uma réplica das pegadas fósseis ao lado de um modelo de réptil • Traci Klarenbeek

    A transição ocorreu em parte porque os amniotas evoluíram para se reproduzir com ovos de casca dura, em vez de casca mole.

    “A migração dos vertebrados para a terra foi uma parte importante, e dentro disso um passo fundamental foi a evolução do ovo amniótico nos ancestrais imediatos dos répteis e mamíferos”, afirma Ahlberg. “Portanto, esses eventos formam um episódio chave tanto na nossa própria ancestralidade quanto na história do planeta.”

    O novo estudo empurra a origem dos amniotas muito mais para trás no Período Carbonífero, de 299 milhões a 359 milhões de anos atrás, o que permite um período muito maior para a diversificação dos primeiros répteis, de acordo com Stuart Sumida, presidente da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados e professor de biologia na California State University, em San Bernardino. Sumida, que escreveu um artigo complementar para ser publicado junto com o estudo, não participou da nova pesquisa.

    A busca pela origem dos amniotas

    Long estuda fósseis de peixes antigos do distrito de Mansfield, onde a laje foi encontrada, desde 1980.

    “A região de Mansfield produziu muitos fósseis famosos, começando com peixes fósseis espetaculares encontrados há 120 anos, e tubarões antigos. Mas o ‘santo graal’ que sempre procurávamos era evidência de animais terrestres, ou tetrápodes, como os primeiros anfíbios. Muitos procuraram por tais rastros, mas nunca os encontraram — até que essa laje chegou ao nosso laboratório para ser estudada”, afirma.


    Pesquisadores procuram fósseis ao longo do Rio Broken, perto de Mansfield • John Long

    Fósseis do distrito de Mansfield já ajudaram a esclarecer como os órgãos sexuais podem ter evoluído pela primeira vez em peixes antigos blindados.

    Agora, os pesquisadores querem saber que outros seres viviam em Gondwana junto com o antigo réptil que eles encontraram.

    As descobertas inspiraram os pesquisadores a ampliar a busca por fósseis dos primeiros amniotas e de seus parentes próximos para os continentes do hemisfério sul, segundo Sumida.

    “A maioria das descobertas de fósseis esqueléticos dos primeiros amniotas é conhecida a partir de continentes originados dos componentes setentrionais da Pangeia”, diz Sumida em um e-mail. “Essas descobertas sugeriam que a origem dos amniotas poderia estar nessas regiões. Agora me parece claro que precisamos expandir nossa busca por localidades do Carbonífero Inferior na Austrália, América do Sul e África.”

    Maior caranguejo do mundo tem quase mesmo tamanho de carro pequeno

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  • “Cowboy Carter”: veja como usar figurinhas especiais de Beyoncé no Spotify

    “Cowboy Carter”: veja como usar figurinhas especiais de Beyoncé no Spotify

    Enquanto a cantora Beyoncé, 43, sobe ao palco com turnê “Cowboy Carter”, o Spotify lançou, no último dia 16 de maio, uma coleção de adesivos limitados para que os fãs da artista incluam nas capas de playlists criadas na plataforma.

    Segundo comunicado oficial, o conjunto exclusivo conta com nove designs digitais, incluindo uma placa de carro de “Texas Hold ‘Em”, uma faixa de “Cowboy Carter” e botas de cowboy, por exemplo.

     

    Segundo a plataforma, após o início das apresentações, em 28 de abril, a plataforma registou um aumento de 2.400% na criação de playlists relacionadas nos Estados Unidos.


    Spotify lança adesivos para capa de playlists da turnê "Cowboy Carter"
    Spotify lança adesivos para capa de playlists da turnê “Cowboy Carter” • Divulgação/Spotify

    Saiba como usar os adesivos exclusivos de “Cowboy Carter”

    1. Acesse o aplicativo móvel do Spotify no iOS ou Android (certifique-se de que esteja atualizado) e selecione uma playlist que você criou pessoalmente (ou crie uma nova) para começar;
    2. Em seguida, toque no menu de três pontos e escolha “Criar arte da capa”.
    3. A partir daí, você pode acessar a coleção de adesivos de Beyoncé, juntamente com: Adesivos Personalizados Estilos de Texto, Cores e Efeitos do Spotify Mix Cores e Gradientes de Fundo Máscara e Efeitos de Imagem;
    4. Depois de concluído, salve e compartilhe sua playlist com amigos.

    E mais – veja looks de Beyoncé na turnê “Cowboy Carter”

    Beyoncé bate recorde com apenas cinco shows da “Cowboy Carter”; veja

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  • Camiseta que captura CO2 do ambiente e o elimina na lavagem é lançada

    Camiseta que captura CO2 do ambiente e o elimina na lavagem é lançada

    Em setembro de 2024, o mercado têxtil acompanhou a criação da primeira malha nacional capaz de capturar gás carbônico (CO2) do meio ambiente e o eliminar a partir do processo de lavagem.

    Agora, como um marco para a moda nacional, o grupo de moda brasileira Malwee anuncia, em primeira mão à CNN, o lançamento da camiseta Ar.voree. A novidade chega ao consumidor no próximo dia 22 de maio, data que celebra o Dia Internacional da Biodiversidade. Com edição limitada e cor preta, a peça terá venda exclusiva no e-commerce da marca por R$ 129.

     

    Hoje, a indústria da moda é responsável por 2% a 8% da emissão global de carbono, segundo agências da Organização Unidas (ONU). O elemento, inclusive, é conhecido por ter a maior contribuição para o aquecimento global e, consequentemente, as alterações climáticas.

    A dinâmica da camiseta “Ar.voree”

    Fruto de uma parceria com a startup de Singapura Xinterra, por meio da tecnologia COzTERRA, a camiseta Ar.voree representa um avanço concreto no desenvolvimento de soluções regenerativas aplicadas à moda. Após 25 usos e lavagens, uma única peça é capaz de capturar a mesma quantidade de CO2 que uma árvore adulta, tornando-se um verdadeiro agente de transformação ambiental.

    “Acreditamos que a inovação é um dos caminhos mais eficazes para uma moda mais consciente e com menor impacto ambiental. Moda, tecnologia e sustentabilidade precisam caminhar juntas. E essa peça é um convite para que as pessoas também façam parte desse ciclo”, afirma Gregório Reis, diretor de marketing do Grupo Malwee.

    Essa é a primeira aplicação prática, em roupas, da tecnologia desenvolvida após dois anos de pesquisa.

    Resumidamente, o tecido captura o CO2 da atmosfera, que ao entrar em contato com o sabão líquido ou em pó durante a lavagem, é transformado em bicarbonato de sódio, sendo eliminado de forma segura. Esse processo também recarrega os agentes de captura de CO2 na camiseta, permitindo que ela continue funcionando como um “filtro de carbono” a cada uso. É uma solução simples, eficaz e sustentável para ajudar a reduzir o impacto do carbono no meio ambiente.


    Camiseta Ar.voree
    Camiseta Ar.voree estará disponível no e-commerce da marca em 22 de maio • Divulgação/Malwee

     

    Saiba o que é moda sustentável

     

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  • Ártico deve passar por mudanças catastróficas até o fim deste século

    Ártico deve passar por mudanças catastróficas até o fim deste século

    Em 2024, a média da temperatura global superou a marca de 1,5 graus Celsius a mais que a do período pré-industrial. Essa notícia é alarmante, e cientistas preveem que, em 2.100, lugares como o Ártico devem ficar irreconhecíveis.

    Um artigo publicado na revista Science o início de 2025 traz mais detalhes sobre as mudanças que devem acontecer na região. O artigo “Disappearing landscapes: The Arctic at +2.7°C global warming”, conduzido por Julienne Stroeve, pesquisadora do National Snow and Ice Data Center (NSIDC) Centre for Earth Observation Science, da Universidade de Manitoba, no Canadá, mostra como o Ártico reage de forma única ao aquecimento global.

    Para começar, o polo norte aquece em um ritmo quatro vezes maior que o do resto do planeta. Projeta-se que ao final deste século, a temperatura na região deve ser cerca de 2,7°C da média do período pré-industrial.

    “Com um aumento de 2,7 graus Celsius na temperatura global, veremos impactos mais extremos e em cascata nesta região do que em outras, incluindo verões no Ártico sem gelo marinho, derretimento acelerado da camada de gelo da Groenlândia, perda generalizada de permafrost (solo rico da região) e temperaturas do ar mais extremas. Essas mudanças devastarão a infraestrutura, os ecossistemas, as comunidades vulneráveis e a vida selvagem”, afirma a cientista.

    Os cientistas usaram como base para o artigo o documento Sixth Assessment Report of the United Nations Intergovernmental Panel on Climate Change. Eles então atualizaram o relatório com novas informações referentes ao Círculo Ártico.

    Segundo as pesquisas, sob 2,7°C de aquecimento, a região ártica deve sofrer os seguintes efeitos:

    • Praticamente todos os dias do ano terão temperaturas do ar superiores aos extremos de temperatura pré-industriais;
    • O Oceano Ártico deve ficar livro de gelo por meses durante cada verão;
    • A área da camada de gelo da Groenlândia que experimenta mais de um mês de temperaturas superficiais acima de 0 graus Celsius quadruplicará em comparação com as condições pré-industriais, fazendo com que o nível do mar global suba mais rapidamente;
    • O permafrost em nível superficial diminuirá em 50% em relação aos níveis pré-industriais.

    Preocupado com as descobertas, Dirk Notz, co-autor do estudo e professor da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, afirmou que “seria incrível se pudéssemos nos tornar mais conscientes desse poder e da responsabilidade que o acompanha, pois o futuro do Ártico realmente está em nossas mãos“.

    Aquecimento global ou mudança climática? Entenda a diferença

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  • Quem é Robert Matthews, físico que desvendou a Lei de Murphy da Torrada

    Quem é Robert Matthews, físico que desvendou a Lei de Murphy da Torrada

    O físico inglês Robert Matthews foi laureado com o prêmio igNobel de Física de 1996 por conseguir explicar a Lei de Murphy da Torrada, ou seja, por que uma torrada tende sempre a cair com o lado da manteiga para baixo.

    O britânico nasceu na cidade de Carshalton, ao sul de Londres e se formou em física pela Universidade de Oxford, em 1991. Ele trabalhou como jornalista de divulgação científica e, atualmente, integra o quadro de professores da Aston University, localizada em Birmingham, no centro-oeste da Inglaterra.

    Em seu trabalho, Matthews usou matemática e física para criar uma equação que explicasse a Lei de Murphy da Torrada, que recebe esse nome porque é um braço da famosa Lei de Murphy, que diz que tudo o que pode dar errado vai dar errado.

    “Consegui demonstrar que pedaços típicos de torrada caindo de mesas ou pratos típicos, começarão a girar ao passar da borda. O problema é que a taxa de rotação não é rápida o suficiente para trazer o lado da manteiga para cima novamente antes que atinja o chão”, explicou Matthews em entrevista exclusiva à CNN.

    “Se a torrada fosse de um tamanho muito diferente, ela giraria a uma taxa diferente, ou se a mesa tivesse uma altura diferente, ela teria mais tempo para voltar completamente com o lado da manteiga para cima.”

    Ele também explicou que o resultado não depende do peso do recheio ou da densidade do pão, já que a torrada cai em queda livre e, conforme Albert Einstein explicou em sua teoria da gravidade, seu peso é desprezível.

    Mais recentemente, ele foi convidado pela Enterogermina para fazer o caminho da volta e criar uma torrada que caia sempre de face para cima. Como é preciso que a mesa tenha 3 metros de altura para que um torrada complete o giro, o físico resolveu testar formatos diferentes de torrada.

    A solução foi escolher uma torrada pequena, ligeiramente mais leve e com um buraco na borda para impedir que a torrada gire quando chegar à borda da superfície.

    Assista ao vídeo que explica o projeto:

    “Buraco de gravidade” no Oceano Índico pode ter ganhado explicação

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  • Entenda a teoria de Einstein que pode explicar voo estranhos de Ovnis

    Entenda a teoria de Einstein que pode explicar voo estranhos de Ovnis

    O ex-comandante do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) dos Estados Unidos, Luis Elizondo, afirma em seu novo livro que a teoria da relatividade do físico alemão Albert Einstein pode explicar os objetos voadores não identificados (Ovnis) e suas trajetórias estranhas no ar.

    Os registros oficiais apontam que os agora chamados de fenômenos anômalos não-identificados (UAPs, na sigla em inglês) costumam desafiar as regras enfrentadas pelos nossos meios convencionais de voo, como a gravidade. E, para Elizondo, o conceito do espaço-tempo poderia tornar possível os voos de Ovnis.

    Na teoria da relatividade, Einstein colocou o tempo como uma quarta dimensão, atuando de forma adicional e inseparável das outras três até então vistas como convencionais. Segundo o alemão, a passagem de tempo observada para um objeto depende diretamente de sua velocidade com relação ao observador.

    “Foi apenas com Einstein que aprendemos que a gravidade é muito mais do que uma força de atração: é uma dobra no próprio espaço-tempo. Isso mesmo, o próprio tecido do espaço é inseparavelmente vinculado à questão do tempo. Se eu estivesse usando um relógio de pulso na Lua, veria o tempo passar um pouco mais rápido para mim do que se eu estivesse na Terra ou em Júpiter, porque a massa da Lua é muito menor, e, portanto, dobra o espaço-tempo um pouco menos”, diz um trecho do livro “Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a Ovnis”.

    O norte-americano, então, traz uma famosa teoria usada na saga “Jornada nas Estrelas”, ancorada pelas pesquisas de Harold “Hal” Puthoff, “uma figura lendária nos serviços de inteligência e nos círculos governamentais”, conforme descreve o livro. De acordo com ela, os Ovnis podem desafiar as regras da gravidade porque criam uma bolha no espaço-tempo, isto é, uma dobra espacial.

    Dessa forma, o tempo e, portanto, a velocidade de locomoção dentro da bolha seriam muito inferiores à que observamos de fora dela. Isso justificaria não só o fato de os Ovnis conseguirem se mover no ar sem qualquer tipo de propulsão visível, como também mudar de direção de forma brusca e atingir velocidades suficientes para chegar ao nosso planeta, por exemplo.

    “Os astrônomos costumam considerar a velocidade da luz como uma constante universal. Mas e se o espaço em que a luz viaja pudesse ser comprimido ou expandido? Sabemos que o espaço-tempo é flexível, e em alguns casos extremos, como o de um buraco negro cósmico, pode ser inimaginavelmente espremido e distorcido”, afirma outro trecho do livro.

    De onde vem a energia para isso?

    A teoria de Hal é de que alienígenas seriam capazes de criar essas bolhas usam um volume absurdo de energia ainda não dominado pelos humanos, que seria obtido através da fissão de prótons de átomos de hidrogênio. Isso também explicaria, por exemplo, porque os Ovnis são observados com maior frequência perto de locais com atividade nuclear e grandes corpos d’água.

    “Tudo isso é bem estranho, mas uma das primeiras observações de nosso grupo foi que os UAPs e a água são como waffles e xarope de bordo: onde está um, está outro. Às vezes, como no caso da mina no Congo ou, como discutiremos mais tarde, em embarcações nucleares no mar, o avista-mento de UAPs é associado à tecnologia nuclear e também à água”, diz um trecho do livro.

    O AATIP chegou, inclusive, a desenvolver o plano de uma operação que funcionaria como isca para atrair, capturar e estudar UAPs. A ideia era reunir muitos equipamentos militares movidos a energia nuclear e com ogivas atômicas em um mesmo ponto na costa leste dos Estados Unidos.

    “O plano para a operação Intruso era usar um porta-aviões nuclear como isca. Escolheríamos um ponto no Atlântico para deixar uma pegada nuclear gigantesca, irresistível para “nossos amigos de fora da cidade”, como passaram a ser chamados. Porta-aviões, destróieres, mísseis com capacidade para ogivas atômicas e submarinos nucleares — todos no mesmo local em um grande corpo d’água. A armadilha seria posicionada. Água e equipamentos nucleares, uma combinação irresistível. As agências parceiras esconderiam dispositivos de coletas de dados ao redor. Quando os UAPs aparecessem para investigar nossas manobras, a armadilha se fecharia, e concentraríamos todos os nossos ativos de inteligência para coletar dados”, diz outro trecho do livro.

    “Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a óvnis” é um livro que retrata a jornada de Luis Elizondo no comando do AATIP do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Publicado no Brasil pela editora Harper Collins e lançado em abril, ele traz detalhes sobre os estudos conduzidos pela equipe de Elizondo e seus esforços para dar visibilidade ao tema, que ainda enfrentava fortes pressões motivadas pela religião e pelas empresas norte-americanas do setor aeroespacial.

    Confira também: FAB revela documentos sobre avistamento de Ovnis

    Relembre casos famosos de OVNIs nos EUA

    Este conteúdo foi originalmente publicado em Entenda a teoria de Einstein que pode explicar voo estranhos de Ovnis no site CNN Brasil.

  • “Vida fora das telas está chata para meninos”, diz Jonathan Haidt à CNN

    “Vida fora das telas está chata para meninos”, diz Jonathan Haidt à CNN

    O psicólogo social Jonathan Haidt, autor do livro “A Geração Ansiosa”, trouxe à tona uma preocupante realidade enfrentada pelos jovens do sexo masculino na era digital. Em entrevista à CNN, Haidt destacou como o ambiente on-line está afetando negativamente o desenvolvimento dos meninos, tornando a vida fora das telas aparentemente “chata” para eles.

    Segundo Haidt, o problema central para os meninos está relacionado à dopamina e ao vício. “A dopamina, um neurotransmissor essencial nos centros de aprendizagem, motivação e recompensa do cérebro, é fortemente estimulada por videogames, pornografia e até mesmo pelo uso de produtos com nicotina”, diz.

    O psicólogo explica que o circuito de dopamina se adapta à estimulação crônica, reduzindo sua sensibilidade. Isso resulta na necessidade de mais estimulação para que o jovem se sinta “normal”. “Consequentemente, quando não estão conectados, muitos garotos encontram dificuldades em realizar atividades fora do ambiente digital, pois estas parecem entediantes em comparação”, afirma.

     

    Haidt ressalta que esse fenômeno está impactando negativamente o desempenho acadêmico dos meninos. Embora não tenha citado dados específicos do Brasil, o psicólogo afirma que em diversos países os garotos estão apresentando um declínio em seu rendimento escolar em comparação com as meninas.

    Isolamento social e dificuldades na vida adulta

    Outro ponto alarmante levantado por Haidt é o isolamento social provocado pelo uso excessivo de telas. Quanto mais tempo os jovens passam em videogames, menos desenvolvem amizades reais. Isso pode levar a problemas significativos na vida adulta.

    O psicólogo observa que, ao acompanhar o desenvolvimento desses jovens até a idade adulta, as meninas tendem a ter mais sucesso em concluir o ensino médio, a faculdade, conseguir emprego e sair da casa dos pais. “Em contrapartida, os meninos têm maior probabilidade de, aos 28 ou 30 anos, ainda morarem com os pais, jogando videogames e consumindo pornografia”.

    Diante desse cenário, Haidt oferece algumas sugestões para as famílias, especialmente aquelas com filhos ainda jovens. “A principal recomendação é estabelecer a regra de ‘nenhuma tela no quarto, nunca’”. Ele sugere que computadores e dispositivos com acesso à internet sejam mantidos em áreas comuns da casa, como a sala de estar ou a cozinha.

    O psicólogo também alerta sobre os perigos de permitir que crianças e adolescentes interajam com estranhos on-line, mesmo em plataformas supostamente seguras para crianças. Haidt recomenda que, se for necessário fazer uma exceção para trabalhos escolares, o dispositivo deve ser devolvido após o uso.

    Por fim, Haidt enfatiza a importância de estabelecer um horário limite para o uso de telas, sugerindo que após as 22h não haja mais acesso a dispositivos eletrônicos no quarto. “Essas medidas visam proteger os jovens de potenciais riscos on-line e promover um desenvolvimento mais saudável e equilibrado”, declara.

    Buzz Lightyear se transforma em personagem do jogo “Brawl Stars”

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  • Fóssil de 506 milhões de anos revela pequeno predador de três olhos

    Fóssil de 506 milhões de anos revela pequeno predador de três olhos

    Com a ajuda de mais de cinco dúzia de fósseis, paleontólogos descobriram um minúsculo predador de três olhos apelidado de “mariposa marinha” que nadava nos oceanos da Terra há 506 milhões de anos.

    Mosura fentoni, como a espécie é conhecida, pertence a um grupo chamado radiodontes, um ramo inicial da árvore evolutiva dos artrópodes, de acordo com um novo estudo publicado na terça-feira (13) na revista Royal Society Open Science.

    Embora os radiodontes estejam extintos, o estudo de seus restos fossilizados pode esclarecer como os artrópodes modernos, como insetos, aranhas e caranguejos, evoluíram. Um dos grupos animais mais diversos, acredita-se que os artrópodes representem mais de 80% das espécies animais vivas, disse o autor principal do estudo, Joe Moysiuk, curador de paleontologia e geologia do Museu de Manitoba em Winnipeg.

    Espécimes bem preservados do até então desconhecido Mosura fentoni também revelam algo nunca visto em qualquer outro radiodonte: uma região do corpo semelhante ao abdômen com 16 segmentos que incluem brânquias na parte traseira. Esta parte da anatomia da criatura é similar a um conjunto de segmentos com órgãos respiratórios na parte traseira do corpo encontrado em parentes modernos distantes dos radiodontes, como caranguejos-ferradura, tatuzinhos-de-jardim e insetos, disse Moysiuk.

    A característica, provavelmente usada para ajudar o Mosura a capturar mais oxigênio de seu ambiente, pode representar um exemplo de convergência evolutiva, na qual estruturas semelhantes evoluem independentemente em diferentes grupos de organismos, ele disse.

    “A nova espécie enfatiza que estes primeiros artrópodes já eram surpreendentemente diversos e estavam se adaptando de maneira comparável aos seus parentes modernos distantes”, disse o coautor do estudo, Dr. Jean-Bernard Caron, curador de Paleontologia de Invertebrados do Museu Real de Ontario em Toronto, em um comunicado.


    Uma ilustração retrata a aparência de Mosura fentoni nadando no oceano • Danielle Dufault/ROM

    Uma “mariposa” marinha única

    Nenhum animal vivo hoje se parece com o Mosura fentoni, disse Moysiuk, embora ele tivesse garras articuladas semelhantes às dos insetos e crustáceos modernos. Mas diferentemente dessas criaturas, que podem ter dois ou quatro olhos adicionais usados para ajudar a manter a orientação, o Mosura tinha um terceiro olho maior e mais conspícuo no meio da cabeça.

    “Embora não seja proximamente relacionado, o Mosura provavelmente nadava de maneira similar a uma raia, ondulando seus múltiplos conjuntos de nadadeiras para cima e para baixo, como se estivesse voando debaixo d”água”, disse Moysiuk por e-mail. “Ele também tinha uma boca em forma de apontador de lápis e alinhada com fileiras de placas serrilhadas, diferente de qualquer animal vivo.”

    Com o tamanho aproximado do dedo indicador de um adulto, o Mosura e suas nadadeiras vagamente lembram uma mariposa, o que levou os pesquisadores a chamá-lo de “mariposa marinha”.

    Alguns dos espécimes de Mosura forneceram traços intrigantes de garras frontais, que ajudavam o radiodonte a se alimentar.

    Caron usou um martelo pneumático em miniatura para remover a rocha que cobria a cabeça de um espécime e encontrou uma garra espinhosa perfeitamente estendida escondida embaixo, disse Moysiuk.

    “Diferentemente de muitos de seus parentes que têm garras alinhadas com uma malha de espinhos para capturar presas, o Mosura tem espinhos longos, de lados lisos, semelhantes a dedos que são bifurcados nas pontas”, disse Moysiuk. “É um pouco enigmático como exatamente ele estava usando isso para capturar presas, mas pensamos que ele pode ter agarrado animais menores com as pontas dos espinhos e os passado em direção à boca.”


    Pesquisadores fotografaram um fóssil sob duas condições de iluminação diferentes. Uma imagem (à esquerda) destaca o formato do corpo, enquanto a outra (à direita) mostra traços refletivos do intestino, sistema circulatório, olhos e sistema nervoso • Jean-Bernard Caron/ROM

    Embora não haja evidência direta do que o Mosura comia, sabemos que ele vivia ao lado de animais como vermes-bolota, vermes poliquetas e pequenos artrópodes semelhantes a crustáceos que o radiodonte poderia ter predado. Por sua vez, o Mosura pode ter sido presa de outros radiodontes maiores, como o Anomalocaris canadensis semelhante a camarão, ou a gigantesca água-viva Burgessomedusa phasmiformis. Bicknell não esteve envolvido no novo estudo, mas anteriormente foi autor de pesquisas sobre Anomalocaris canadensis.

    “Isso demonstra que há ainda mais exemplos desses animais, especificamente formas que eram predadores marinhos ativos, complementando o panorama de como esse antigo ecossistema marinho funcionava”, disse o Dr. Russell DC Bicknell, pesquisador de pós-doutorado na divisão de paleontologia do Museu Americano de História Natural. Bicknell não participou do novo estudo, mas já foi autor de pesquisas sobre Anomalocaris canadensis .

    A região do tronco inesperada de Mosura desafia a compreensão dos pesquisadores sobre a evolução do corpo dos radiodontes e como os membros do grupo passaram de corpos vermiformes, disse Rudy Lerosey-Aubril, um paleontólogo de invertebrados do Museu de Zoologia Comparada de Harvard, que também não esteve envolvido na nova pesquisa.

    “Isso pode oferecer um vislumbre raro dos processos de desenvolvimento, particularmente nos primeiros membros do grupo, antes que mudanças evolutivas levassem à organização corporal mais consistente vista na maioria das espécies conhecidas”, disse Lerosey-Aubril por e-mail.

    Um tesouro de fósseis

    O primeiro espécime de Mosura fentoni foi descoberto no início do século XX pelo paleontólogo Charles Walcott, que foi a primeira pessoa conhecida a coletar fósseis do Burgess Shale da Colúmbia Britânica, um leito fóssil de 508 milhões de anos. Walcott era diretor do Serviço Geológico dos EUA e administrador da Instituição Smithsonian. Mas nenhuma pesquisa sobre o espécime Mosura que ele encontrou foi publicada, e pouco se sabia sobre radiodontes na época.

    Os outros 60 fósseis foram coletados por pesquisadores do Museu Real de Ontário entre 1975 e 2022.

    “É apenas com o tempo e o estudo de espécies relacionadas que a importância desses fósseis gradualmente se tornou clara”, disse Moysiuk. “Mais recentemente, nossa equipe começou a encontrar espécimes adicionais em novos locais do Burgess Shale no Parque Nacional Kootenay, o que ajudou a estimular esta publicação”.


    A equipe de pesquisa faz uma pausa enquanto procura fósseis na formação rochosa Burgess Shale, na Colúmbia Britânica, em 2022 • ROM

    Os fósseis encontrados no Burgess Shale, localizado nas Montanhas Rochosas canadenses, representam uma ampla variedade de animais do final do Período Cambriano, quando a vida se diversificou em grande escala. Os fósseis do Burgess Shale também são conhecidos por serem incrivelmente bem preservados.

    “Neste estudo, conseguimos discernir traços dos sistemas nervoso, digestivo e circulatório, que quase nunca são preservados como fósseis”, disse Moysiuk por e-mail. “Isso fornece uma visão única e significativa da vida neste momento crítico da história da Terra”.

    A equipe conseguiu observar traços que representavam feixes de nervos nos olhos, que – como os artrópodes modernos – Mosura usava para processamento de imagens, disse Caron.

    Em vez de artérias e veias, Mosura também tinha um sistema circulatório aberto, significando que seu coração bombeava sangue para lacunas, ou grandes cavidades internas do corpo. As cavidades foram preservadas como manchas reflexivas dentro do corpo.

    A descoberta de numerosos espécimes completos e minúsculos de radiodontes é notável, disse Lerosey-Aubril. Os finos detalhes preservados dentro do fóssil ressaltam a importância do Burgess Shale, acrescentou ele, e uma imagem mais ampla da diversidade completa dos animais do Cambriano exigirá a investigação de outros locais que contenham fósseis e evidências de organismos de corpo mole.

    Fósseis de radiodontes estão permanentemente em exibição na exposição “Dawn of Life” do Museu Real de Ontário, e um espécime de Mosura estará em exibição no Museu de Manitoba ainda este ano.

    Cientistas encontram primeiro animal capaz de sobreviver sem oxigênio

    Este conteúdo foi originalmente publicado em Fóssil de 506 milhões de anos revela pequeno predador de três olhos no site CNN Brasil.

  • Físico cria torrada que sempre cai com o lado da manteiga para cima; veja

    Físico cria torrada que sempre cai com o lado da manteiga para cima; veja

    Você já se perguntou por que é que as torradas sempre caem da mesa com o lado da manteiga virado para baixo? O resultado é sempre esse, não importa qual seja o seu acompanhamento de preferência. Geleia, requeijão, patê, cremes e outras opções sempre terminam de frente para o chão.

    Esse mistério foi o que conduziu a pesquisa do inglês Robert Matthews, que o levou a vencer o prêmio igNobel de Física de 1996. A honraria foi criada pela revista científica Annals of Improbable Research (do inglês, Anais da Pesquisa Improvável) e reverencia anualmente aqueles que criam ciência com uma pitada de humor.

    Matthews explicou que a chamada Lei de Murphy da Torrada recebe esse nome porque é um braço da famosa Lei de Murphy, que diz que tudo o que pode dar errado vai dar errado.

    “Com minha formação em física, decidi calcular a matemática e a física do porquê disso, e consegui demonstrar que, pedaços típicos de torrada, caindo de mesas ou pratos típicos, começarão a girar ao passar da borda. O problema é que a taxa de rotação não é rápida o suficiente para trazer o lado da manteiga para cima novamente antes que atinja o chão”, explicou Matthews em entrevista exclusiva à CNN.

    “Se a torrada fosse de um tamanho muito diferente, ela giraria a uma taxa diferente, ou se a mesa tivesse uma altura diferente, ela teria mais tempo para voltar completamente com o lado da manteiga para cima.”

    Ele também explicou que o resultado não depende do peso do recheio ou da densidade do pão, já que a torrada cai em queda livre e, conforme Albert Einstein explicou em sua teoria da gravidade, seu peso é desprezível.

    Como resolver a Lei de Murphy da Torrada?

    O professor da Aston University, da cidade de Birmingham, foi convidado pela Enterogermina para desenvolver uma torrada que fosse justamente na contramão da teoria que lhe rendeu o igNobel. A proposta era criar uma versão que fosse à prova da Lei de Murphy e caísse sempre voltada para cima.

    De acordo com Matthews, era impossível resolver a questão ajustando a altura da mesa, já que seria necessária uma queda livre de 3 metros de altura para que a torrada tivesse tempo suficiente para girar e cair com o lado da manteiga para cima novamente.

    “Poucas casas têm mesas tão altas, não é realista. Então, a alternativa é pensar em fazer algo com a torrada, especialmente o tamanho da torrada”, afirmou.

    O pulo do gato de Matthews foi perceber que a questão era mudar o formato da torrada para resolver o problema do giro, isto é, fazer com que ela caia da mesa — ou do prato — para o chão sem rotacionar.

    “É essencialmente impossível fazer algo com uma torrada que passa pela borda lentamente, gira e cai. Mas você algo nos casos em que você derruba a torrada após alguém esbarrar em você, por exemplo.”

    Ele, então, precisou de inúmeras tentativas para explorar as diferentes possibilidades de alteração nas torradas e desenvolveu, em parceria com Nuño García, renomado chef com 12 estrelas Michelin ao longo de sua carreira, uma pequena o suficiente para cair da mesa sem girar.

    As dimensões finais foram: 5 centímetros de largura, 4 centímetros de profundidade e de 0,5 a 0,8 centímetros de altura. Outro trunfo foi adicionar um pequeno buraco interno, como em uma peça de quebra-cabeça, para aumentar o atrito, diminuir as chances de giro e fazer com que ela plane até o chão.

    A nova torrada caiu com o lado da manteiga para cima em cerca de 75% das vezes durante um experimento científico, segundo a Enterogermina. O formato usual caiu com a manteiga para baixo em 63% das vezes.

    Assista ao vídeo que explica o projeto:

    “Buraco de gravidade” no Oceano Índico pode ter ganhado explicação

    Este conteúdo foi originalmente publicado em Físico cria torrada que sempre cai com o lado da manteiga para cima; veja no site CNN Brasil.