Deltan Dallagnol desafia TSE e destaca conduta questionável de Lula em evento público
No Dia do Trabalhador, Lula, em um evento público, fez um apelo por votos para o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que almeja a Prefeitura de São Paulo. A legislação eleitoral (Lei 9.504) permite a pré-campanha, mas proíbe expressamente pedidos explícitos de voto, o que poderia caracterizar um delito eleitoral passível de sanções, incluindo a perda de mandato, se Boulos for eleito.
Agravando a situação, o governo retirou do ar dois vídeos do evento que estavam disponíveis nos canais oficiais no YouTube — CanalGov e Presidência do Brasil —, tornando-os privados. Essa ação gerou suspeitas e críticas, evidenciando uma possível tentativa de encobrir a infração.
Em resposta, Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e adversário eleitoral de Boulos, anunciou que apresentará uma denúncia ao TSE por propaganda eleitoral antecipada.
Deltan Dallagnol criticou o TSE nas redes sociais, lembrando o caso de Bolsonaro, que foi penalizado com inelegibilidade por uso indevido de recursos públicos em uma situação semelhante. Dallagnol questiona se Lula e Boulos enfrentarão sanções equivalentes, dada a similaridade dos casos.
Paralelamente, há movimentos em Brasília que indicam uma possível revisão da inelegibilidade de Bolsonaro, com alterações iminentes na liderança do TSE, esperando-se que Cármen Lúcia substitua Alexandre de Moraes em 2024 e, em 2026, Nunes Marques assuma o cargo. Além disso, no Congresso, propostas estão sendo elaboradas para potencialmente anular decisões anteriores do TSE e restaurar os direitos políticos de Bolsonaro, preparando o cenário para uma reviravolta política.
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