Um catarinense enviou um adeus emocionante à sua família antes de ser tragicamente levado pela correnteza do Rio Pardinho, em Sinimbu, no Rio Grande do Sul. Carlos Wolfart, de 41 anos, estava no estado para ser padrinho de um casamento quando foi surpreendido pelas fortes enchentes que atingiram a região desde o final de abril.
Ele conseguiu enviar um áudio para sua esposa, pedindo que a filha cuidasse bem dela, enquanto aguardava resgate agarrado a uma árvore no meio do alagamento.
Este triste evento ocorreu em meio a uma série de enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, que já resultaram em 136 mortes e deixaram 141 pessoas desaparecidas. O corpo de Wolfart foi encontrado a cerca de 5 km de onde foi visto pela última vez. A busca intensa culminou com o seu velório e sepultamento na sexta-feira (10), no Cemitério Comunitário de Linha Dourado, em Itapiranga, sua cidade natal.
Além das perdas humanas, as chuvas extremas desalojaram cerca de 339.928 pessoas e forçaram outras 71.398 a se abrigarem temporariamente. As operações de resgate e assistência são extensas, envolvendo 27.589 agentes da Defesa Civil e um arsenal de 4.398 viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações para alcançar e socorrer as áreas mais atingidas.
A Defesa Civil recomenda que os cidadãos verifiquem constantemente a lista de desaparecidos e, se encontrarem nomes conhecidos ou o próprio nome, que se dirijam à delegacia de Polícia Civil mais próxima para regularizar a situação.
Para prevenir futuros desastres, o órgão oferece um serviço de alertas meteorológicos, que são enviados por SMS e WhatsApp, ajudando a população a se preparar e responder a condições climáticas adversas.
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