O incêndio que resultou na morte de um casal e um bebê recém-nascido em um apartamento no município de Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal, pode ter sido causado por um acidente durante um trabalho de impermeabilização de sofá na casa das vítimas. Essa é a principal hipótese para a causa da tragédia investigada pela Polícia Científica de Goiás.
Na tentativa de respirar ar puro enquanto a residência era tomada por chamas, Luiz Evaldo Lima, 38 anos, e Graciane Rosa de Oliveira, 25, caíram da janela ao tentarem salvar o filho do casal, Leonardo, de 1 mês, que havia escapado dos braços da mãe. Um dos cachorros da família morreu durante o incêndio; o outro, um poodle de nome Brownie está desaparecido.
Graciane trabalhava como especialista em extensão de cílios e atendia em Valparaíso. Luiz atuou como repositor em mercados da região. Os dois estavam juntos desde 2019. As vítimas moravam no sétimo andar do Bloco E do Condomínio Parque das Árvores, quando o apartamento pegou fogo, por volta das 10h dessa terça-feira (28/8).
O motivo do acidente ainda não foi confirmado por meio de laudo pericial, que deve ficar pronto em 10 dias. No entanto, as autoridades afirmam ter havido uma explosão enquanto um prestador de serviços estava no apartamento da família. A hipótese de vazamento de gás foi descartada.
O funcionário da empresa chegou por volta das 9h30 no imóvel. “[Mas] é muito prematuro afirmar que tenha sido isso [a impermeabilização que causou o incêndio]”, declarou o síndico do condomínio, Anderson Oliveira. “Não estamos procurando um culpado. Estamos tentando entender o que aconteceu.”
O síndico declarou também declarou que, após o incêndio dessa terça-feira (28/8), o residencial não permitirá mais o acesso de prestadores de serviços que estejam com produtos inflamáveis.
O profissional de impermeabilização, identificado como Renan Vieira, e a mãe de Graciane, Maria das Graças Oliveira, que estavam no apartamento no momento da explosão, estão internados em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “Ele foi imediatamente socorrido e, assim como a senhora, levado à unidade de saúde”, completou o síndico.
Anderson Oliveira detalhou que o Bloco E conta com 88 apartamentos. Desse total, 66 foram liberados e 22 seguem interditados, sem previsão para retorno das famílias. “O condomínio está bancando seis famílias, que não tinham para onde ir, em hotéis próximos”, comentou. Os moradores dos demais apartamentos bloqueados buscaram abrigo por meios próprios.
Graciane deixou uma filha de 11 anos, fruto de relacionamento anterior. A menina estava na escola no momento do ocorrido e voltou para casa ao ser informada do ocorrido. O síndico acrescentou que a criança é assistida pelo restante da família.