Antônio Luiz Amorim Barbosa, 36 anos, conhecido como o “novo Lázaro” disse à Polícia Civil de Goiás (PCGO) que tem “prazer em matar”. Ele foi preso no último fim de semana, suspeito de cometer cinco homicídios e dois latrocínios em municípios no Entorno do Distrito Federal.
No documento em que o Ministério Público goiano (MPGO) pede que a prisão de Antônio seja convertida em preventiva, a promotora Denise Nóbrega cita que, quando foi detido em 2015, o “novo Lázaro” afirmou que não teria problemas em voltar a matar.
“Cumpre destacar as palavras do denunciado em sede policial, na ocasião acima narrada, quando afirmou que “se for preciso, é capaz de matar mais pessoas; que tem prazer em matar pessoas””, narra o documento.
Para a promotora, com a prisão preventiva, “evita-se que o denunciado pratique novos crimes, quer porque se mostra propenso à prática delituosa, quer porque, em liberdade, encontrará os mesmos estímulos relacionados com a infração cometida”.
Crimes
Antônio foi preso em 26 de outubro, no Jardim Ingá, em Luziânia. Ele é acusado de ter deixado um rastro de destruição em pelo menos quatro municípios de Goiás: Anápolis, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis e Senador Canedo.
O morador de rua foi encontrado após uma denúncia anônima que identificou o suspeito. Ele responde por cinco homicídios, dois latrocínios e uma lesão corporal.
A prisão do homem foi em referência a um mandado que estava em aberto desde o último dia 18. Além de ser classificado como uma pessoa de “alta periculosidade” pela PM, Antônio foi definido por testemunhas durante um processo judicial como alguém com “baixo senso de justiça e indiferente à dor do próximo, o que beira à sociopatia”.
Em um dos casos, que ocorreu em abril de 2015, Antônio matou um homem a pedradas em frente a um restaurante na Avenida Rui Barbosa, em Luziânia, depois de uma confusão.
“Novo Lázaro”
A referência “novo Lázaro” diz respeito ao caso de um criminoso que aterrorizou o Entorno do Distrito Federal, em 2021.
Lázaro Barbosa cometeu vários homicídios em série e passou 20 dias fugindo da polícia, em uma operação que se tornou uma das maiores do estado. Ele acabou morto durante uma ação policial, descrita pela PM como troca de tiros.