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Flávio Bolsonaro diz que Moraes irá “sofrer consequências por abusos”

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu, na terça-feira (26/11), que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sofra as consequências por ações consideradas abusivas pela direita. A declaração de um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorreu no plenário do Senado Federal durante pronunciamentos dos parlamentares.

Também na terça, Moraes tirou o sigilo do inquérito da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. O documento foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Essa perseguição contra Bolsonaro e contra a direita não começou em 2022, em 2023 ou em 2024. Começou muito antes, mas, para ser breve aqui, o único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia, que tem de ser ampla, geral e irrestrita — estou cada vez mais convicto disso”, defendeu o senador.

“Que inclua [na anistia], inclusive, o ministro Alexandre de Moraes, porque ele já deu vários exemplos de descumprir a lei do impeachment, no seu art. 39, inciso II, que fala muito claramente — eu vou ler aqui, para não falar errado — ‘proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa’”, alegou Flávio Bolsonaro.

Jair Bolsonaro foi indiciado pela PF pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O ex-presidente alegou que sempre jogou “dentro das quatro linhas” da Constituição e negou envolvimento na trama.

Flávio chamou as ações de Moraes de “arbitrariedades” e disse que sofrerá as consequências. “Nunca vi ninguém que faz o que Alexandre de Moraes está fazendo no mundo, que, em determinado tempo, não vá sofrer as consequências pelas ilegalidades, arbitrariedades e abusos que cometeu.”

Confira a declaração completa:

O relatório da PF, entregue a Moraes, aponta que o ex-presidente “tinha plena consciência e participação ativa” nas articulações golpistas.
Na semana passada, a Polícia Federal prendeu cinco pessoas por envolvimento em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin e Moraes.

O plano dos suspeitos era impedir a saída de Bolsonaro do Palácio do Planalto por meio de um golpe de Estado.

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