O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram com os presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Palácio do Planalto no começo da noite desta quarta-feira (27/11) para apresentação das medidas de corte de gastos. Depois do encontro, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), indicou que o Executivo espera votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) com de contenção de despesas ainda neste ano.
“Os textos vão chegar, [queremos] votar nessas três semanas a PEC”, disse Guimarães, referindo-se ao tempo restante até o recesso parlamentar. Para complementar o correligionário, o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), explicou que a reforma da renda será enviada pelo governo ainda neste ano, mas o debate ficará para 2025.
“O esforço nosso vai ser para estabelecer uma contenção da despesa pública, ele [Haddad] apresentou um número estimado de R$ 30 bilhões para essa contenção ainda no próximo ano, portanto, o que o Executivo pede é que o Congresso Nacional vote a contenção da despesa ainda neste ano”, completou o líder do PT na Câmara.
Depois de deixar o Palácio do Planalto, Lira se reuniu com os líderes da Câmara dos Deputados para discutir a contenção de gastos. Já o Haddad seguiu para a sede do PT, em Brasília, para tratar das propostas com os parlamentares do partido.
O líder da equipe econômica de Lula já havia adiantado ao petista que alinharia o pacote de corte de gastos com o Poder Legislativo.
O ministro da Fazenda irá se reunir com os líderes do Senado Federal na manhã desta quinta-feira (28/11), acompanhado do presidente Pacheco. O encontro tem como objetivo apresentar as medidas de contenção de gastos do Palácio do Planalto.
A reunião aconteceu na mesma noite em que Haddad fará um pronunciamento em rede nacional, em que deve anunciar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. A medida faz parte das promessas de campanha de Lula.
Sem revelar detalhes, mais cedo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho adiantou que as novas medidas preveem taxação dos super-ricos, isenção do imposto de renda e limitação de supersalários de servidores.
Depois do encontro com os presidentes das Casas Legislativas, as medidas de cortes foram apresentadas aos líderes do Legislativo também no Planalto.