O governo federal está adotando uma nova iniciativa para combater movimentos antivacina na internet. A ideia é monitorar em tempo real a circulação de conteúdos do tipo nas redes sociais. As informações são do Núcleo Jornalismo.
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Redes sociais serão monitoradas em tempo real
O mapeamento será realizado a partir do desenvolvimento de ferramentas de raspagem de dados do YouTube, Telegram, Instagram, Facebook, Google, X (antigo Twitter) e WhatsApp. Os resultados deste trabalho de monitoramento serão disponibilizados ao público em um painel aberto. Além disso, serão usados para publicar estudos e combater movimentos antivacina.
A parceria para desenvolver o projeto foi firmada entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O custo total é de R$ 12,1 milhões.
O acordo prevê a conclusão, até o fim de 2026, de nove metas, que incluem: a elaboração de informes sobre desinformação antivaxx nas redes; uma nova infraestrutura para bancos de dados sobre imunização e estudos sobre “debate digital e hesitação vacinal” que possam orientar políticas públicas.
Movimentos antivacina ganharam mais força na internet a partir da pandemia de Covid-19 (Imagem: Shutterstock)
Desinformação provocou queda na cobertura vacinal brasileira
De acordo com o governo federal, a medida é necessária em função da queda da cobertura vacinal no Brasil. O cenário está sendo identificado desde 2015 e é agravado pela desinformação que circula nas redes sociais e que favorece a disseminação de doenças que poderiam ser controladas a partir da imunização.O Ministério da Saúde destaca a situação piorou drasticamente durante a pandemia de Covid-19, em 2020, quando movimentos antivacina ganharam mais força na internet.Em razão disso, milhões de brasileiros deixaram de se vacinar contra o coronavírus e, pelo menos, milhares podem ter morrido.Um relatório de agosto de 2017 sobre o “panorama preliminar do movimento antivacinal no Brasil”, produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), indica que, antes da crise sanitária global, os antivaxxers brasileiros se limitavam a pequenos grupos do Facebook que somavam pouco mais de 18 mil membros.Eles são contrários principalmente à imunização de crianças, incentivaram as pessoas a não vacinarem familiares e veiculavam dicas sobre como burlar a exigência da vacinação infantil para matrícula escolar.
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