O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, nesta quinta-feira, 8, que tem como objetivo que investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O presidente de honra do Partido Liberal é alvo de medida cautelar e, por isso, deve entregar seu passaporte no prazo para a Polícia Federal. Contudo, o documento não foi entregue aos agentes da corporação durante as diligências. A informação é do repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News. O motivo é que, segundo o ex-presidente, o passaporte estaria em Brasília – na sede do partido. “Meu passaporte não está comigo, está em Brasília”, afirmou Bolsonaro. O prazo para que a entrega aconteça é de 24h. Além disso, o ex-chefe do Executivo também está proibido de manter contato com outros investigados, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também alvo da operação.
Como o site da Jovem Pan mostrou, além de Bolsonaro e Costa Neto, outros aliados políticos do ex-presidente, militares e membros do governo anterior estão entre os alvos da Polícia Federal, como o general Augusto Heleno, general Walter Souza Braga Netto, o ex-ministro Anderson Torres e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira. Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, coronel do Exército e também ex-auxiliar do ex-presidente, foram alvos de prisão preventiva. No total, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.