Em outubro, o Brasil criou 132.714 vagas de emprego formal (ou seja, com carteira assinada). Esse número representa queda de 47,2% em relação a setembro, quando foram registrados 247.818 postos com carteira assinada (dados com ajuste).
Este é o pior resultado para o mês de outubro desde 2020, ano da pandemia da Covid-19 — quando o país criou 365,9 mil postos de empregos formais no mesmo mês.
O saldo do décimo mês do ano é decorrente de 2.222.962 admissões e 2.090.248 desligamentos. Entre as vagas de trabalho geradas, 68,7% são consideradas típicas, e 31,7%, não típicas.
Os dados referentes ao emprego formal no país estão presentes no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, divulgado nesta quarta-feira (27/11) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em comparação com outubro do ano passado, o saldo representa uma queda de 29%, quando foram criados 187 mil empregos formais no país.
No acumulado do ano (de janeiro a outubro), o saldo é de criação de 2.117.473 postos de trabalho. No mês passado, foram registrados crescimento em 24 unidades da federação (UF), outras três tiveram saldo negativo: Goiás, Mato Grosso e Bahia.
As UFs com maiores saldos são:
- São Paulo, com 47.255 postos. O destaque vai para serviços (+37.345) , comércio (+9.576) e indústria (+8.285);
- Rio Grande do Sul, com 14.115 postos. O destaque vai para serviços (+5.280) e comércio (+4.741); e
- Rio de Janeiro, com 10.731 postos. O destaque vai para serviços (+6.183) e comércio (+4.126).
Já as com menores saldos são:
- Goiás, com menos 45 postos;
- Mato Grosso, com menos 172 postos; e
- Bahia, com menos 579 postos.
Apenas 3 dos 5 setores econômicos criam vagas de emprego
Em outubro, apenas o setores de agropecuária (-5.757 postos) e construção (-767 postos) tiveram queda. Os demais setores (serviços, comércio e indústria) criaram vagas de emprego formais no país.
De acordo com o Caged, as atividades econômicas que registraram maiores saldos positivos foram:
- serviços, com criação de mais 71.217 postos;
- comércio, com criação de mais 44.297 postos; e
- indústria, com criação de mais 23.729 postos.
Salário médio
O salário médio em outubro foi de R$ 2.153,18, com redução de R$ 18,96 (-0,87%) em comparação com o valor de setembro, de R$ 2.172,13. Em comparação ao mesmo mês do ano passado, o ganho real foi de R$ 24,53 (+1,15%) no salário médio.
Para os trabalhadores considerados típicos, o salário foi de R$ 2.190,99 (1,8% maior que o valor médio), enquanto aqueles considerados não típicos tinham salário médio de R$ 1.881,55 (13,9% menor que o valor médio).