- Advertisement -spot_img
HomeBrasíliaCom nova sede, CrisDown pretende ampliar atendimentos

Com nova sede, CrisDown pretende ampliar atendimentos

- Advertisement -spot_img

Com uma nova sede prevista para ser construída a partir de 2025, o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) pretende ampliar em cerca de 70% o número de atendimentos mensais na unidade. Atualmente, são realizados 1,5 mil acompanhamentos por mês no local, e a previsão é de que sejam ampliados para 2,5 mil atendimentos. 

O CrisDown funciona nas dependências do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), mas a previsão, de acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), é de que tenha uma sede própria, que será construída a partir do ano que vem, na 612 Sul. Criado há 11 anos, o centro conta com 2,3 mil pessoas cadastradas em seu banco de dados, e todas recebem assistência humanizada dos 28 funcionários da unidade. 

Para a coordenadora do CrisDown, Carolina Vale, com a nova sede será possível ampliar o número de atendimentos e capacitar mais profissionais para trabalharem na unidade: “Com a sede, a proposta é aumentar o número de atendimentos. Hoje, nós somos campo de estágio para fisioterapia, terapia ocupacional, residência de pediatria e fonoaudiologia, e o intuito é que a gente consiga também capacitar mais profissionais no novo espaço para dar continuidade ao serviço”. 

Atualmente, o espaço conta com pediatras, fonoaudiólogos, psiquiatras, ortopedistas e neurologistas. O atendimento é oferecido a todas as faixas etárias, desde bebês até adultos. Após um decreto do Governo do Distrito Federal (GDF), no final do mês de abril, o CrisDown foi transformado em uma política de Estado, ou seja, tornou-se um serviço permanente na capital federal. Com a decisão, mesmo com trocas de gestão do governo local, a unidade terá equipe garantida para prestar serviço à população.

“Sem o decreto, nós não estávamos dentro do organograma do serviço, hoje nós temos uma equipe de 28 pessoas, mas se por acaso, esse servidor fosse solicitado em outro local, ele poderia ser removido daqui do CrisDown. Além do mais, nós não podíamos solicitar profissionais, mas agora podemos. Com o decreto, o serviço não poderá mais ser extinto, mesmo que saia um servidor, sempre terá a reposição da função porque agora somos um serviço permanente”, destacou Carolina.

Ao Jornal de Brasília, Carolina lembrou do caminho que trilhou, ao lado de outros profissionais, para o CrisDown torna-se um serviço permanente: “No início, era um pediatra para atender desde o bebê até o idoso, não existia a distinção que hoje nós temos de pediatria, hebiatria e clínica médica, e se Deus quiser, teremos logo um geriatra que está para chegar. Nós éramos um serviço isolado, e recebíamos gente de Brasília toda e do entorno. Até que com o tempo fomos criando forma e recebendo mais profissionais”. 

Para a fisioterapeuta do CrisDown, Ângela Tibery, o serviço é essencial para trabalhar a independência das pessoas com síndrome de down, além do mais, proporciona uma assistência para toda a família: “Aqui nós temos uma equipe multidisciplinar, então nós conseguimos ver esse paciente como um todo. Não somente na pediatria, mas conseguimos dar um suporte mais global. O CrisDown ajuda muito no desenvolvimento das pessoas com síndrome de down, nós conseguimos mostrar para os pais que eles têm possibilidade de aprender e se desenvolver”.  

Para conseguir um atendimento no CrisDown, os interessados devem entrar em contato pelo whatsapp: (61) 994480691 ou presencialmente no Hran. A porta de entrada na unidade se dá pelo acolhimento, que são reuniões em grupo entre pessoas com síndrome de down. Para crianças até 12 anos, os encontros são todas as sextas-feiras, e para adolescentes acima de 13 anos e adultos, as reuniões são de 15 em 15 dias. 

“A pessoa precisa entrar em contato pelo whatsapp ou pessoalmente para que nós possamos agendar a sua participação no acolhimento. Depois do acolhimento, que é em grupo, nós fazemos uma estratificação de risco para entendermos um pouco mais do contexto familiar e de saúde do paciente. Nesse primeiro momento, nós verificamos quais demandas o paciente precisa para depois eles serem direcionados para os atendimentos específicos”. 

DF tem 10 mil pessoas com síndrome de down 

De acordo com a SES-DF, atualmente, a capital federal conta com cerca de 10 mil pessoas com síndrome de down. Uma delas é a Juliana Ferreira, de 21 anos, que é atendida no CrisDown desde que nasceu. Enquanto a jovem estava participando das atividades na unidade, sua mãe, Fátima Cordeiro, 50 anos, conversou com o JBr, e falou sobre a evolução da filha com a assistência que recebe dos profissionais no local. 

“Aqui nós somos melhores direcionados para as outras especialidades que o Down precisa, e nós sabemos que são várias. Com o atendimento no CrisDown, ela melhorou bastante a interação com outras pessoas, até mesmo no convívio em casa e com os colegas na escola. Hoje ela recebe atendimento no fonoaudiólogo, psicólogo e terapia ocupacional. Eu acredito que se ela não tivesse tido esse acompanhamento desde o início ela seria uma pessoa mais paradinha, sem movimento e atitudes”, comentou Fátima. 

Para Mariana Lopes, 44 anos, mãe da Lara Gabriela, 18 anos, que tem síndrome de down, o atendimento no CrisDown faz toda diferença na vida da filha: “Desde que a Lara nasceu ela já começou a ser atendida no CrisDown, e a assistência aqui é muito boa, eu não tenho nada a reclamar. As pessoas são atenciosas e ela evoluiu bastante. Talvez se ela não tivesse esse acompanhamento teria sido mais difícil o seu desenvolvimento. Hoje ela tem autismo e síndrome de down, então o desenvolvimento dela é bem comprometido e o atendimento aqui ajuda muito”. 

O post Com nova sede, CrisDown pretende ampliar atendimentos apareceu primeiro em Jornal de Brasília.

- Advertisement -spot_img
- Advertisement -spot_img
Stay Connected
16,985FansLike
2,458FollowersFollow
61,453SubscribersSubscribe
Must Read
- Advertisement -spot_img
Related News
- Advertisement -spot_img