Em caso de temporal, a maior recomendação é evitar deslocamentos, para não se expor a um risco já iminente. É possível se orientar, inclusive, pela altura que a água bate no meio fio: se estiver muito próxima do topo ou no batente do carro, por exemplo, aguarde em um local seguro até que o nível da água diminua. “O melhor é esperar de 20 a 30 minutos depois da chuva antes de fazer o deslocamento e, principalmente, ter calma e não se colocar um risco maior”, orienta o gerente de Gestão de Desastres da Defesa Civil, tenente-coronel Eloízio Ferreira do Nascimento.
Outra dica importante é ter um plano de saída da residência, já conhecido pela família e tendo em mente quais são esses locais seguros, geralmente informados pela administração regional. Durante a fuga do local de risco, levar apenas o necessário e o que for possível. Os pets de estimação devem ser levados para um lugar seguro, evitando, assim, afogamentos, e não deixados presos em abrigos domésticos, como canis.
Durante as chuvas fortes também há o risco de descargas elétricas. Dentro do veículo é um local seguro, mas se estiver a pé, não fique debaixo de árvores ou postes e procure abrigos em lugares cobertos, como casas ou lojas próximas.
Auxílio à comunidade
A Defesa Civil prestou apoio emergencial aos moradores de Água Quente afetados pelas chuvas nesta semana | Foto: Divulgação/Secretaria de Cidades
Após as fortes chuvas que atingiram a região de Água Quente na última terça-feira (2), a Defesa Civil prestou um apoio emergencial aos moradores afetados. De acordo com o tenente-coronel Eloízio, a principal causa dos alagamentos foi o entupimento de manilhas de escoamento de águas pluviais.
Nove famílias nas proximidades foram atendidas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), totalizando 25 pessoas que receberam colchões para substituir os que ficaram molhados devido ao alagamento, além de cobertores e cestas emergenciais. Também foi disponibilizado às famílias o Benefício Assistencial de Calamidade e Vulnerabilidade, no valor de R$ 408. “Por ser uma região administrativa nova, a Defesa Civil está mapeando o local para elaborarmos um estudo completo, com a identificação das áreas de risco”, afirmou o representante da Defesa Civil.
Em conjunto com a Novacap e com a administração regional, a pasta iniciou os trabalhos de desobstrução utilizando máquinas para retirar o lixo das manilhas. “Às vezes o lixo que as pessoas deixam na porta para a coleta é carregado pela água e causa o entupimento. Recomendamos que as pessoas não descartem imediatamente quando as chuvas estiverem muito fortes, até porque o caminhão de coleta não passa durante os temporais. Depois de desobstruídos, já choveu forte e não aconteceu nada perto do que foi naquela madrugada de terça-feira”, destacou Eloízio.
Depois do alagamento
Se houver o aparecimento de rachaduras, a Defesa Civil deve ser acionada, por ser a ponte com os demais órgãos do governo responsáveis. Em caso de dano na residência, uma vistoria pode ser feita.
Nas residências alagadas, a água é retirada com a ajuda de bombas. É importante desligar a energia para evitar descargas e realizar a limpeza dos lugares, móveis e utensílios molhados com desinfetante para evitar doenças transmitidas via água contaminada.
Para quem mora perto de poços artesianos e cisternas, a orientação é fazer a filtragem, tratamento ou decantação da água – ou, no mínimo, ferver antes de consumir. Serviços de distribuição de água como a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) podem realizar a descontaminação. Em casos extremos, a Defesa Civil disponibiliza a água para a população. O órgão de proteção funciona 24h, com regimes de plantão em um serviço ininterrupto.
Com informações da Agência Brasília
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