Ao pesquisar modelos de TV, você vê termos como MiniLED, AMOLED, OLED e NanoCell. Traduzindo: são tipos de tela. E cada tecnologia tem suas características, bem como vantagens e desvantagens.
É importante conhecê-las antes de comprar uma TV para avaliar qual atenderia melhor seu tipo de uso. A seguir, o Olhar Digital te explica o que são e quais vantagens e desvantagens de TVs MiniLED, AMOLED, OLED e NanoCell.
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TVs MiniLED
Por meio dos miniLEDs, imagens têm mais contraste e precisão de cores em telas LCD (Imagem: Reprodução/Hardware)
MiniLED (“diodo emissor de luz em miniatura”) é um tipo de tecnologia usado na camada de iluminação de fundo (backlight) das TVs. Por meio dela, imagens têm mais contraste e precisão de cores em telas LCD.
Entre suas vantagens, estão:
Durabilidade maior e risco menor de burn-in: diferente do OLED, telas miniLED usam material inorgânico, cujo desgaste é bem mais lento;Fabricação mais barata: em comparação ao OLED, painéis MiniLED são mais baratos de produzir;Mais eficiência energética: miniLEDs consomem menos energia, em comparação a lâmpadas convencionais no backlight;Nível maior de brilho: como miniLEDs preenchem o backlight todo, isso aumenta brilho e traz cores mais vivas;Preto (mais) profundo: como ativação e desativação dos miniLEDs ocorre separadamente, isso favorece tons escuros, o que aumenta a taxa de contraste;Precisão maior de cores: graças ao controle maior de luz, dá para alcançar cores mais fiéis, além de melhorar o uso de HDR;Risco menor de vazamento de luz: por conta do controle maior sobre os miniLEDs, evita-se que tons claros apareçam em pontos escuros.
Já entre as desvantagens de TVs MiniLED, estão: risco de efeito “blooming” (quando rolam falhas na uniformidade de luz na fonte de iluminação); “ghosting” (rastros de movimento na alternância entre tons claros e escuros em modelos com taxas de atualização ou resposta baixas); e ângulo de visão limitado (em comparação a TVs OLED).
TVs AMOLED
TVs AMOLED suportam taxas de atualização altas e entregam cores vívidas (Imagem: Trusted Reviews / Montagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)
AMOLED é um tipo de display OLED com matriz ativa – isto é, com transistores aplicados no painel considerando cada pixel. Na prática, esse tipo de tela suporta taxas de atualização acima de 120 Hz (frames por segundo) – o que é bom para games e exibição de partidas de esporte – além de entregar cores vívidas e preto profundo.
Outras vantagens são:
Ângulo maior de visão: dá para discernir conteúdo na tela sob ângulos laterais porque seus pixels emitem luz em todas as direções;Consumo menor de energia: pixel não consome energia ao exibir a cor preta, porque desliga;Espessura menor: telas AMOLED são mais finas do por não terem backlight;Tempo menor de resposta: tela AMOLED não precisa movimentar cristais líquidos, o que evita motion blur (aqueles rastros feios entre frames), uma boa vantagem para quem curte assistir filmes e séries.
Já entre as desvantagens das TVs AMOLED, dá para citar: durabilidade menor (porque usa materiais orgânicos), brilho limitado (fabricantes limitam para diminuir desgaste da camada orgânica) e custo maior de fabricação (pela complexidade da produção).
TVs OLED
TVs OLED são mais finas e oferecem imagens mais nítidas (Imagem: Maurizio Pesce/Wikimedia Commons)
OLED é um tipo de tela que, assim como AMOLED, não usa iluminação traseira e os pixels se acendem um a um, quando estimulados por impulsos elétricos. Telas desse tipo oferecem brilho alto, contraste parrudo (principalmente com HDR) e “cores puras”.
Além disso, TVs OLED têm as seguintes vantagens:
Ângulo maior de visão: como pixels do OLED emitem luz em todas as direções e não necessitam de filtro de cores, visualização da imagem sob ângulos variados fica melhor;Eficiência energética alta: pixels de OLED só consomem energia quando estão ligados (e, em partes escuras, desligam, mesmo com a TV ligada);Espessura mais fina: telas OLED não possuem backlight de LED ou MiniLED, o que pode reduzir a espessura do painel para menos de 1 mm;Tempo de resposta mais rápido: OLED não precisa movimentar cristais líquidos, por isso o tempo de resposta fica menor em painéis com a mesma taxa de atualização, além de evitar motion blur;Uniformidade melhor de preto: o LCD, por exemplo, usa filtro para interromper a luz de fundo e exibir a cor preta, enquanto OLED só desliga os pixels – na prática, uniformidade de preto fica perfeita.
Apesar da tecnologia ser chique, tem lá suas desvantagens. Antes de mais nada, sua vida útil é menor. Essa, digamos, fraqueza rola porque a camada orgânica do OLED se desgasta com o tempo. Aí, os pixels ficam sujeitos ao burn-in (quando “fantasmas” ficam marcados na tela).
Além disso, telas OLED sustentam picos menores de brilho, apesar do brilho alto estar entre suas vantagens. Essa é uma precaução, porque quanto mais alto o nível de brilho, maior o desgaste do painel. Por isso, fabricantes de TVs limitam a emissão contínua de luz branca.
NanoCell
TVs da LG com NanoCell se destacam por oferecerem volume alto de cores (Imagem: Divulgação/LG)
A tecnologia NanoCell, criada pela LG, combina nanopartículas numa espécie de filtro de cores em TVs LCD 4K e 8K da marca, o que melhora a qualidade da imagem. No geral, TVs com NanoCell se destacam por oferecerem volume alto de cores.
Entre outras vantagens desse tipo de TV, estão:
Ângulo de visão ótimo: distribuição consistente das nanopartículas e associação com painéis IPS deixam ângulo de visão lateral melhor do que em TVs LCD comuns;Cores vívidas: graças a filtragem de tons opacos ou indesejados,”pureza” de cores aumenta;Nível alto de brilho: em comparação a TVs LCD convencionais, intensidade do brilho em TVs NanoCell é mais alta;Preço mais acessível: dependendo do modelo, TVs NanoCell podem ser mais baratas do que TVs OLED com mesmo tamanho ou resolução;Tempo de resposta melhor: em comparação a telas comuns, TVs NanoCell também podem ter tempo de resposta menor, o que diminui desfoque de movimentos.
Já entre as desvantagens das TVs NanoCell, estão: contraste limitado (problema comum em painéis LCD, só que mais agudo em visores IPS, usados com NanoCell), preto mais “raso” (profundidade de preto não é tão boa quanto em TVs OLED); consumo maior de energia (por conta do backlight de LEDs); e vazamento de luz (problema comum em telas LCD com luz de fundo gerada por LEDs).
Imagem de destaque: Reprodução / Notícias da TV
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O post MiniLED, AMOLED, OLED e NanoCell: O que você precisa saber antes de comprar uma TV apareceu primeiro em Olhar Digital.