Atenção, o texto abaixo contém spoilers de Wicked
São Paulo — Fiel ao musical da Broadway, o filme Wicked, que estreia nesta quinta-feira (21/11), é uma homenagem aos fãs. O tributo foi tão bem feito que o longa conta com a participação especial das atrizes Idina Menzel e Kristin Chenoweth, consagradas nos papéis de Elphaba e Glinda, respectivamente, no elenco original da produção.
Questionadas pelo Metrópoles sobre a presença das duas atrizes no filme, as brasileiras Myra Ruiz e Fabi Bang, que dublam Cynthia Erivo [Elphaba] e Ariana Grande [Glinda], respectivamente, revelaram que também ficaram de queixo caído quando as viram.
“Eu levei um susto”, brincou Myra. Ela disse que viu a participação das duas enquanto estava dublando uma cena e sua primeira reação foi dar um grito! Fabi se emocionou com a presença delas no filme. “É uma homenagem linda [ter] essas duas atrizes que conceberam as personagens. Não podia faltar a presença das duas ali. Eu acho que é uma presença bonita, valorizada, sensível e emocionante. Muito lindo”, falou.
Sem “ofuscar” Cynthia e Ariana, a dupla original apareceu no novo filme como as irmãs sabias que proferiram que, um dia, alguém voltaria à Oz e conseguiria ler o “Grimmerie”, livro de feitiços da terra encantada. No longa, elas possuem um número musical icônico.
Wicked é uma ode ao musical
Como citado pela própria Myra Ruiz, dubladora da Elphaba, em entrevista ao Metrópoles, o filme Wicked é uma ode aos fãs do musical da Broadway. A trama é bem semelhante ao roteiro da peça, sem diferenças muito grandes entre o espetáculo e o longa.
“É muito sincronizado com a expectativa de quem já assistiu ao musical no teatro”, explicou Bang. Ruiz citou, entre as pequenas diferenças da peça e do filme, a cena da balada Oz Dust, que é ambientada em um local diferente no longa.
Processo de dublagem
Myra e Fabi precisaram assistir ao filme para pegar os detalhes nos trejeitos de Cynthia e Ariana. Bang relatou que o processo é muito minucioso e que os diretores de dublagem são extremamente minuciosos em relação às respirações, às nuances e à ênfase onde está a parte importante do texto.
“No que diz respeito à dublagem, a gente precisa respeitar muito, não só a sincronização com o lábio da atriz que a gente está interpretando, mas também a frequência de respiração dessa personagem, a ambientação da cena”, explicou.
Ruiz informou que tudo que fizeram foi baseado na interpretação da Cynthia Erivo e da Ariana Grande. “Claro que é a nossa voz em cima, claro que tem o nosso toque, mas é muito baseado nas emoções que elas trouxeram”, disse.
Já consagradas nos palcos, a experiência no cinema é uma novidade para Myra Ruiz e Fabi Bang. Ao serem questionadas pelo Metrópoles sobre a diferença da sensação de ver o seu nome em cartaz ou ver ele subindo nos créditos de uma telona, elas explicaram que é como se estivessem, novamente, no início de suas carreiras.
“Os dois a gente se sente honrada e valoriza demais, mas a novidade de subir o nome e estar a gente lá parece que é uma coisa nova, muito diferente. Me sinto menininha de novo”, opinou Myra. “Tem o ineditismo para a gente uma vez que a gente não viveu esse universo da dublagem, a gente não vê os créditos subindo. É diferente”, falou Fabi.