A Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá deflagrou, na manhã desta sexta-feira (5/5), a Operação Nereus para cumprir 15 mandados de busca e apreensão e seis de prisão em Santana (AP). O alvo dos policiais é uma quadrilha de piratas suspeita de furtar navios mercantes na foz do Rio Amazonas, próximo à costa do Amapá.
As investigações tiveram início após diligências realizadas pela Força Tarefa de Segurança Pública e pela Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis, que informou a respeito das constantes ações de “piratas”, mais conhecidos como “ratos d’água”, que estariam praticando de forma recorrente furtos em navios.
Durante as apurações, foi possível identificar inúmeros boletins de ocorrências. Quase a metade deles era de furtos ou roubos de uma tinta naval, material bastante utilizado nas embarcações para reparo e de considerável valor comercial. As práticas criminosas ocorriam, em sua maioria, no período noturno. Os bandidos utilizavam nas ações duas lanchas que ficavam ancoradas na Ilha de Santana.
A policia identificou pelo menos dez indivíduos, com fortes indícios de participação nos crimes na área. Um dos envolvidos teria participado do latrocínio de um velejador neozelandês, cuja embarcação foi invadida.
Em uma das ações do bando, ocorrida em fevereiro de 2023, eles adentraram a bordo de um navio proveniente do Chipre, fizeram um tripulante refém, amarraram as mãos e os pés dele, além de vendá-lo. Em seguida, roubaram a tinta que havia a bordo.
A Força Tarefa levantou, ainda, que os investigados estariam utilizando um depósito, localizado em Santana, para armazenar os equipamentos usados nas ações, como embarcações, lonas e cabos, além da tinta naval.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, roubo e furto qualificado. Se condenados, pegarão uma pena de até 28 anos de reclusão mais pagamento de multa.
Fazem parte da Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) a Polícia Federal, PRF, PM, PC, IAPEN e SEJUSP. A ação de hoje contou ainda com a participação da Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental da PM, Marinha do Brasil, COE/BOPE e do GAECO – do Ministério Público Estadual.
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