Ferido após ser imobilizado com um “mata-leão” por seguranças da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), o ambulante de 24 anos que passou pela abordagem truculenta se disse “constrangido” após a situação.
O caso ocorreu nessa terça-feira (9/5). O ambulante, que mora em Ceilândia e pediu para não ter o nome divulgado, foi flagrado por seguranças do metrô enquanto vendia chocolates dentro de um dos vagões do modal. A prática é proibida.
Seguranças acionados para verificar a situação relataram que o vendedor teria se recusado a mostrar a mochila e que precisaram fazer uso de “força moderada para contê-lo”.
“Os seguranças pediram para eu descer do trem, colocar a cara na parede, e a mão na cabeça, mas me neguei. Não sou bandido. Não seria tratado como bandido, não. Não precisava de nada daquilo. Fui muito constrangido e machucado”, comentou o ambulante.
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Mata-leão no metrô
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O vendedor disse que, em outra ocasião, teve mercadorias apreendidas pelos seguranças. “Mas, na terça-feira (9/5), eu não estava vendendo nada. O problema maior não é esse [o recolhimento dos produtos]. A questão é o jeito que me abordaram”, criticou.
Após a abordagem, o vendedor foi levado para a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) e deve responder pelos crimes de ameaça, desobediência e desacato.
“Força escalonada”
Em nota, a Metrô-DF afirmou que todos os agentes de segurança “são treinados para atuar com técnicas de defesa e imobilização, para proteção própria e de terceiros”, e que, na ocasião, tiveram de usar “força escalonada” para conter o ambulante.
A companhia acrescentou que, “em casos de resistência, naturalmente, o envolvido tende a forçar para sair da imobilização. “Por isso, há utilização de técnicas para evitar desdobramentos, pois houve ameaça”, ressaltaram.
Leia a nota completa:
“A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal informa que, por volta das 17h30 [de terça-feira, 9/5], houve uma solicitação ao Corpo de Segurança Operacional [CSO], por meio de denúncia, para verificação de prática de comércio irregular no interior do trem. Após identificação, o Corpo de Segurança solicitou que o envolvido se retirasse do trem para concluir a ocorrência e fazer o registro do comércio irregular. Em seguida, foi solicitado que mostrasse a mochila. Ele se recusou, ofereceu resistência, desacatou e ameaçou os empregados, sendo necessário o uso de força escalonada para imobilização. O envolvido foi encaminhado para a 12ª Delegacia de Polícia, para registro do flagrante.
O CSO trabalha primordialmente com orientação, e o recurso de imobilização é o último a ser usado.
Importante salientar que, em casos de resistência, naturalmente, o envolvido tende a forçar para sair da imobilização. Por isso, há utilização de técnicas para evitar desdobramentos, pois houve ameaça. Todos os empregados do Corpo de Segurança Operacional são treinados para atuar com técnicas de defesa e imobilização para proteção própria e de terceiros, utilizando o gradiente de força para vencer a resistência do envolvido, para posterior encaminhamento e providências da autoridade competente.”
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