A cobertura vacinal para a prevenção da meningite e do HPV (papilomavírus humano) entre crianças e adolescentes está extremamente baixa no Distrito Federal.
Segundo a Secretaria de Saúde, a cobertura vacinal da meningocócica ACWY para meninas e meninos de 11 anos é de 19,1% e 18,2%, respectivamente, bem abaixo da meta de 90% preconizada pelo Ministério da Saúde.
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Entre 12 e 13 anos, a cobertura vacinal contra a meningite fica em aproximadamente 50%. Mas na faixa dos 14 despenca novamente, para 18,4% entre as meninas e 19,6% no caso dos meninos.
HPV
A vacina contra o HPV é estratégica para a prevenção do câncer no colo do útero. Mesmo assim, grande parte das famílias brasilienses não imunizou meninos e meninas.
No caso das garotas, a cobertura média da primeira dose é de 73%. Mas na segunda dose fica em somente 53,8%. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 80%.
Entre os meninos os percentuais são ainda mais baixos. A primeira dose atingiu apenas 42% do garotos. E a segunda chegou a 24%.
Desprotegidos
De acordo com a secretaria, considerando toda a população do DF, apenas a vacina BCG alcançou a cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde, de 90%. As demais estão abaixo, deixando pessoas em risco, principalmente crianças e adolescentes.
“Hoje, a falsa sensação de que as doenças não existem mais faz com que as pessoas achem que não há mais a necessidade de se tomar as vacinas. Desta maneira, doenças antes controladas voltam a ocorrer na população, como o caso de sarampo”, alertou a pasta.
A vacinação foi determinante na luta contra a pandemia de Covid-19, por exemplo. E mesmo com a queda de mortos, atualmente a cobertura das doses de reforço está baixa. A vacinação é a forma mais segura e eficaz de prevenção, principalmente contra as doenças imunopreveníveis.
Proteção para todos
Pelo diagnóstico da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação é uma das melhores ações custo-efetivas na saúde pública.
Para a secretaria, a imunização não beneficia apenas a pessoa vacinada, mas toda a população, inclusive quem tem algum tipo de restrição a vacinas, como alergias ou doenças imunes, e até recém-nascidos. No Brasil, a população tem acesso gratuito a mais de 20 imunizantes, organizados em um calendário de vacinação para todos os ciclos de vida.
Por isso, a pasta defende a manutenção atualizada a caderneta de vacinação. “Uma vez que que muitas doenças podem ser evitadas, devido a eficácia comprovada dos imunobiológicos”, reforçou. Além da conscientização, a secretaria lançou uma série de ações para ampliar a cobertura vacinal.
Veja a lista de ações:
Busca ativa de faltosos
Vacinação casa a casa e com o carro da vacina
Ações de vacinação extramuros em escolas, creches e diversas instituições
Ampliação do horário de funcionamento da vacinação disponibilizando salas de vacina em horário noturno bem como abrindo as salas aos finais de semana.
Os pontos e horários de vacinação estão neste link.
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