O deputado Ivan Valente (PSol-SP) usou o plenário da Câmara dos Deputados para se criticar a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que respondeu indicando que irá apresentar uma representação contra o psolista no Conselho de Ética da Casa. A discussão entre os dois está saindo da tribuna parlamentar e fazendo barulho nas redes sociais.
Durante o discurso, Valente relembrou casos em que Zambelli é investigada pela Polícia Federal (PF), citou a ação sobre o envolvimento da parlamentar na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o episódio em que ela perseguiu um eleitor portando uma arma.
O deputado psolista admite que Zambelli pretende apresentar uma representação contra ele em decorrência de um discurso proferido durante uma sessão na Comissão de Meio Ambiente da Casa.
“Ela sacou uma arma com seus capangas, correu atrás de alguém, deram tiros para cima, ela caminhou 300 metros com arma em punho, entrou no bar e quase assassinou aquele cidadão. Então ela tinha o intuito de matar, tanto é assim que o Supremo Tribunal Federal já tornou ela réu. E foi isso que eu disse lá. Eu só disse a verdade”, afirmou Valente.
O deputado defendeu ainda que Zambelli deveria ser presa. “Ela precisa ser tirada de circulação e ela precisa perder o mandato. Ela não representa a democracia e o povo brasileiro. Isso aqui é tentativa de intimidação e nós não temos medo de fascista”, completou o deputado.
Confira o discurso:
Depois da declaração de Valente na tribuna, os deputados do PL, em apoio a Zambelli, subiram a #IvanCovarde nas redes sociais. Os parlamentares conservadores alegam que Valente tem perseguido Carla Zambelli.
“Deputado do PSol insiste em atacar uma mulher deputada todos os dias na Câmara. Ivan Valente #IvanCovarde está obcecado pela Zambelli”, escreveu Gustavo Gayer (PL-GO) nas redes sociais.
A deputada do PL indicou que já possui autorização do presidente do partido, Valdemar da Costa Neta, para enviar uma representação ao Conselho de Ética contra Valente.
A equipe de Valente indicou que covarde são aqueles que planjeram o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alcmin e do minsitro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o intuito de dar um golpe de Estado. “Nosso posicionamento sempre foi e sempre será contra a violência, contra o arbítrio e em defesa da democracia.”
A Polícia Federal (PF) prendeu cinco pessoas por tramar o assassinato das autoridades em 2022 com o intuito de manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.