Caldo, canjica, milho e quentão. A época do ano queridinha por muitos se aproxima e, com ela, o aumento das vendas de quem trabalha no comércio. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), os números de 2024 manterão a tendência ascendente nos negócios, como foi observado em 2022, quando houve crescimento de 3,5% nas vendas, e em 2023, com aumento de 4,5%.
O dia de Santo Antônio será 13 de junho e o de São João, 24. A data de São Pedro, por sua vez, será em um sábado, dia 29. As três datas, que marcam as famosas festas juninas, impulsionarão não apenas as vendas de fogos, mas principalmente de roupas e decoração de ambientes. “Mais uma vez, as três datas serão comemoradas em clubes, associações, igrejas e colégios. Como o Distrito Federal reúne milhares de pessoas que vieram do Nordeste para cá, e como essas datas são muito festejadas entre os nordestinos, espera-se bons reflexos econômicos no comércio em geral”, acentua Sebastião Abritta, presidente do sindicato.
Como explica Abritta, as datas fazem parte da cultura brasileira de respeito à religiosidade e aos costumes, o que se reflete no comércio com a venda crescente de bebidas, adornos, decoração e comestíveis, entre outros produtos.
Entre a venda de produtos de decoração junina, aluguel de espaços para festas, consumo de bebidas e comestíveis e comercialização de roupas, as festas juninas devem movimentar, segundo o Sindivarejista, mais de R$ 120 milhões ao longo do mês de junho no DF.
Em um dos mais movimentados centros de vendas de artigos para festas de Brasília, o Tagua Center, já é possível encontrar, desde o início do mês de maio, lojas abastecidas com artigos juninos. Alguns comerciantes, inclusive, já começaram a sentir um movimento maior da clientela interessada por decorações, fantasias, adereços e roupas temáticas, além de doces típicos.
Geovanna de Sousa, vendedora de uma loja de artigos para festas, contou ao JBr que, desde a semana passada, o movimento na loja tem crescido. “Já tem bastante gente procurando coisas para as festas, mas o movimento vai crescer mesmo nas próximas semanas. Trabalho aqui há 2 anos e o mês de junho é sempre muito favorável”, avaliou a moradora de Ceilândia. Segundo ela, o que as pessoas mais têm procurado, de início, são os doces, seguidos das decorações. “Sem dúvida, o que mais têm saído são os doces típicos. Paçocas, balinhas, maria mole…”, citou Geovanna.
Ivone Lima, que tem uma barraca com roupas para festas juninas, diz estar com altas expectativas para esse ano. “Ano passado não foi muito bom por causa da greve dos professores que aconteceu na mesma época das festas, então muitas escolas não tiveram a celebração. Mas esse ano eu já estou sentindo uma procura maior, apostando muito no mês que vem, que é o momento que costuma vender mais mesmo”, explicou a comerciante.
Conforme comenta o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido Freire, na maioria dos anos, as festas de São João impactam positivamente o comércio do Distrito Federal. “Neste período, tanto os pequenos quanto os grandes empreendimentos podem se beneficiar do período de compras, que vai além do mês de junho. Outro aspecto interessante no período de São João é que a tradição envolve muitos setores da sociedade, como escolas, igrejas, empresas privadas e públicas. Isso faz com que o comércio abranja um amplo público de consumidores”, pondera. “E sobre os lojistas, podemos afirmar que já estão com seus estoques renovados e com boas expectativas, já que o primeiro trimestre foi marcado por resultado positivo no comércio do DF e de todo o país”, completou Freire.
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