Carlos César Savastano Toledo (foto em destaque), conhecido como Cacai Toledo, chegou a ser ex-presidente do Democratas (atual União Brasil) na cidade de Anápolis, e foi o principal coordenador de campanha do partido em 2018 naquela região. Preso nessa segunda-feira (3/6), ele é apontado como o autor intelectual do assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante.
Escobar denunciava um esquema de propina e crimes em Anápolis no ano de 2019. Ele foi morto dois anos depois, em uma emboscada. Cacai Toledo era considerado foragido pelo assassinato desde o fim do ano passado, quando teve a prisão decretada.
Em fevereiro, a Justiça de Goiás aceitou a denúncia que acusa Cacai Toledo. Segundo as investigações, o político era o principal alvo das denúncias feitas pela vítima. Eles chegaram a trabalhar juntos durante eleições no estado, em 2018.
De acordo com o inquérito policial, conduzido pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o político demonstrou descontentamento diversas vezes com as denúncias e críticas que a vítima estava divulgando.
Em 2020, Cacai Toledo se tornou diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), mas perdeu o posto após ser preso por suspeita de fraudes em licitações na companhia. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu anular as provas contra o político na investigação de corrupção em abril deste ano.
Outros envolvidos na morte de empresário
O Ministério Público do Goiás (MPGO) denunciou o primo do governador Ronaldo Caiado, Jorge Caiado, pelo assassinato do empresário Fábio Alves Escobar. Os promotores acusam o primo de Caiado de usar sua influência na Secretaria de Segurança do Goiás para ajudar no planejamento do assassinato. A denúncia foi aceita em março.
Além de Cacai, três policiais são suspeitos de terem ligação direta com a morte do empresário, segundo o MP. São eles: Glauko Olívio de Oliveira, Thiago Marcelino Machado e Erick Pereira da Silva. Os militares seriam os autores diretos do assassinato.