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Lula quer reverter desaprovação, mas dá gafes “de presente” à oposição

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Em meio à maré de baixa aprovação, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem implementado uma série de mudanças na comunicação e apostado em medidas populares para reverter o cenário. A investida, no entanto, esbarra em gafes do chefe do Executivo, que entrega “de presente” polêmicas a serem exploradas pela oposição.

Foi o caso da declaração sobre a ministra Gleisi Hoffmann, de Relações Institucionais, na última quarta-feira (12/3). Aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o petista afirmou durante evento no Palácio do Planalto que escolheu “uma mulher bonita” para melhorar a relação com o Congresso Nacional.

A fala ocorreu durante a cerimônia de lançamento do programa Crédito do Trabalhador, que busca ampliar o empréstimo consignado para trabalhadores que possuem vínculo CLT. Esta é justamente uma das apostas para reverter a onda de impopularidade escancarada nas últimas pesquisas de opinião. No mesmo evento, Lula chamou o líder do governo na Câmara, deputado cearense José Guimarães (PT-CE), de “cabeçudão do Ceará”.

Dessa forma, os holofotes, que deveriam estar voltados ao programa anunciado, foram ofuscados pelas gafes do petista. A oposição nadou de braçada no deslize, classificando a fala contra Gleisi como misógina. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi além e afirmou que o presidente da República teria “oferecido” Gleisi “como um cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues”. Após o ataque, Alcolumbre acionou o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o parlamentar goiano.

Popularidade em baixa

As últimas sondagens de opinião apontam para um cenário desfavorável à gestão de Lula. Levantamento do Datafolha divulgado em fevereiro indica que a boa avaliação despencou para 24%, o menor índice entre todas as gestões do petista. Da mesma forma, a pesquisa Genial/Quaest apontou uma queda de 52% para 47% da aprovação, em janeiro.

Uma das estratégias para frear a alta de impopularidade é expor mais o presidente da República, colocando-o como principal mensageiro do governo. A tática, desenhada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, inclui ampliar as entrevistas e os pronunciamentos de Lula, além de aumentar as viagens do petista pelo país.

Fala sobre preço dos alimentos

No início de fevereiro, um deslize de Lula sobre a alta no preço dos alimentos também foi muito explorado pela oposição. Em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, o petista afirmou que, se os brasileiros deixarem de adquirir os alimentos caros, os supermercados vão diminuir os preços.

Na entrevista, Lula também sugeriu que os consumidores brasileiros substituam itens mais caros por produtos similares, com preços mais acessíveis.

“Tenho dito que uma das pessoas mais importantes para a gente controlar os preços é o próprio povo. Se você vai num mercado aí em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, afirmou o petista.

Parlamentares de oposição compararam a fala do presidente a gastos do Executivo sob sua gestão, como a compra de tapetes para os palácios do Planalto e da Alvorada que tiveram um custo de R$ 71,3 mil, segundo o edital de licitação.

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