O setor público consolidado do Brasil — formado por União, estados, municípios e estatais — teve superávit primário (o saldo entre receitas e despesas, sem o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 104,1 bilhões em janeiro.
O saldo positivo representa alta de quase 2% em comparação a janeiro de 2024, quando registrou superávit de R$ 102,1 bilhões. É o que mostra o boletim de Estatísticas Fiscais, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (14/3).
Em 12 meses, o setor público consolidado acumula déficit de R$ 45,6 bilhões, o equivalente a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o resultado ficou 0,02 ponto percentual abaixo do resultado negativo acumulado nos 12 meses até dezembro de 2024.
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) e os governos regionais tiveram superávit de R$ 83,1 bilhões e de R$ 22 bilhões, respectivamente. Enquanto as empresas estatais computaram déficits de R$ 1 bilhão.
Dívida bruta cai
A dívida bruta do governo geral (DBGG), por sua vez, recuou para 75,3% do PIB (R$ 8,9 trilhões) — uma redução de 0,8 ponto percentual frente ao mês anterior.
A DBGG incorpora governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), governo estaduais e municipais.
Conforme o boletim do BC, a queda decorreu, principalmente, dos resgates líquidos de dívida, da variação do PIB nominal, do efeito da valorização cambial e dos juros nominais apropriados.