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Bet ilegal divulgada por irmã de Deolane opera em nome de “laranja”

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A BBRBet, empresa de apostas online que opera ilegalmente no Brasil e que já foi divulgada até por uma das irmãs da influenciadora Deolane Bezerra, informa no registro empresarial que tem como sócia e representante legal, no país, uma microoempreendedora de 28 anos que mora em Alagoas. Procurada pelo Metrópoles, no entanto, a mulher disse não ter relação alguma com a empresa.

O caso levanta suspeitas sobre a real procedência da casa de apostas, que entrou com pedido de autorização para operar no Brasil no dia 27 de janeiro deste ano, mas ainda não obteve resposta da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda. Apesar disso, a bet já é divulgada nas redes sociais, conforme evidenciou notícia publicada pela coluna Tácio Lorran, do Metrópoles, em fevereiro.

A influenciadora Dayanne Bezerra fez um “ao vivão” no Instagram, em 11 de fevereiro, mostrando um suposto lucro de 3.000% em apenas um minuto. Ela disse, ainda, que a empresa (BBRBet) era legalizada no Brasil, o que não procede, e o link disponibilizado por ela levava a uma página de domínio na internet que termina em “.com” e não em “bet.br”, como determina o Ministério da Fazenda.

Veja: 

Origem na Costa Rica

O nome empresarial vinculado ao CNPJ da BBRBet é BBRBet e Spicys Group Ltda., que, conforme o registro, atua na exploração de jogos de azar. O quadro societário é composto por uma holding, chamada BBRBet Group Brasil Ltda. e pela tal microempreendedora alagoana, na condição de administradora do negócio. As iniciais do nome dela são J.A.S.L..

A holding, por sua vez, pertence a outra empresa, chamada BBRWIN Limited, cuja sede fica na Costa Rica. Essa seria a verdadeira proprietária da BBRBet, que opera, no Brasil, em supostos escritórios localizados no Centro de São Paulo. A reportagem tentou contato nos telefones relacionados aos respectivos endereços, mas não obteve sucesso.

As empresas do grupo BBRBet, no Brasil, foram todas registradas no final do ano passado, em curto espaço de tempo. A BBRWin Limited, detentora do negócio, foi aberta em 4 de outubro de 2024. Menos de um mês depois, em 29 de outubro, foi aberta a segunda holding BBRBet Group Brasil Ltda. e, em 11 de novembro, abriram a BBRBet e Spicys Group Ltda., que busca autorização junto ao Ministério da Fazenda.

Vítima ou “laranja”?

Ao ser procurada pelo Metrópoles na quinta-feira (3/4), a microempreendedora alagoana disse que não é sócia ou administradora da empresa e que pode ter ocorrido algum erro no registro. Ela pediu, ainda, que não fosse divulgado o nome dela na reportagem. “Não quero me expor com esse tipo de situação”, solicitou.

Após novas perguntas para esclarecer melhor a suposta relação dela com a BBRBet, ela parou de responder às mensagens e bloqueou o contato. Em ligação anterior, a reportagem falou com a mãe da microempreendedora, que, ao ser questionada, disse que a filha nunca havia mencionado qualquer relação com bets.

Diante da incerteza de se tratar de possível vítima do uso ilegal de dados para registro da empresa no Brasil ou “laranja” do esquema, a reportagem optou por não divulgar o nome da jovem. O que se sabe é que ela seria moradora de São Miguel dos Campos (AL), a oitava maior cidade de Alagoas, e possui um retrospecto financeiro incompatível com a dimensão da BBRBet.

Conforme os dados do CNPJ, a casa de apostas tem um capital social de R$ 35 milhões. Até então, as únicas empresas vinculadas ao nome de J.A.S.L. haviam sido dois registros de Microempreendedor Individual (MEI). Uma delas, já extinta, foi aberta em 2017 e atuou no ramo de vestuário. A outra, que segue ativa, atua no mesmo setor e tem capital social de R$ 1 mil, apenas.

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