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Dia do Orgulho Autista, conheça brasilienses que fazem parte do espectro: ‘É sobre ser único’

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Transtorno do Espectro Autista (TEA) se refere a série de condições que podem comprometer relações sociais, comportamento e linguagem. Veja histórias de quem aprendeu a ter orgulho de ser diferente.

Este sábado(18) marca o Dia do Orgulho Autista, data criada com o objetivo de trazer à luz características únicas das pessoas diagnosticadas com algum grau do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O TEA se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo, e realizadas de forma repetitiva.

Nesta data comemorativa, veja histórias de orgulho de pessoas que transitam pelo espectro autista. O adestrador de cães Arthur Skyler, de 22 anos, resume a condição em uma frase: “É sobre ser único”.

Daniela e Aquiles

 

Daniela Freitas e seu filho, Aquiles Freitas.  — Foto: Foto: Arquivo pessoal

Daniela Freitas e seu filho, Aquiles Freitas. — Foto: Foto: Arquivo pessoal

A engenheira Daniela Freitas foi diagnosticada com Síndrome de Asperger (TEA nível 1) aos 15 anos, mas rejeitou o diagnóstico até os 24 anos, quando começou um acompanhamento com uma psiquiatra.

”Só ao trabalhar ao lado da psiquiatra tive a chance de começar a entender que minhas dificuldades tinham nomes e que, com um suporte adequado, a vida poderia ser melhor”, explica.

 

Daniela conta que, por muitos anos, acreditou que todos os autistas seriam iguais a ela. Mas logo, a vida a ensinou o contrário, com o diagnóstico do filho Aquiles, que recebeu o parecer com 1 ano de idade.

O pequeno, hoje com 5 anos, apresentava diversas dificuldades, mas tanto Daniela quanto os médicos demoraram para identificar a condição. ‘‘Meu filho que me ensinou de fato o conceito de espectro autista”, diz.

A partir desse momento, a engenheira começou a navegar pelo mundo do autismo. Estuda a condição e faz pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista, no Child Behavior Institute of Miami.

Ela começou a compartilhar o conhecimento adquirido nas redes sociais, e ajuda mais mães a estarem preparadas para o diagnóstico. Daniela conta que, além de auxiliar o filho, os estudos também a ajudam a se entender.

”No momento em que comecei a estudar sobre o autismo por conta do meu filho, finalmente me conheci e comecei a me aceitar como sou. Todo esse conhecimento não foi simples. Por isso, vi a necessidade de dividir através das minhas redes sociais”, completa.

 

A engenheira destaca que o Dia do Orgulho Autista carrega muitas questões históricas relacionadas aos critérios diagnósticos, intervenções e estereótipos relacionados ao autismo. ”É um dia que não se define em poucas palavras, pois é uma mistura de conquistas, dores e reflexões. Porém, posso trazer uma das palavras que fazem o dia 18 de junho ser um dia tão especial: informar.”

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Takamoto
Takamoto
Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.
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