A CPI do BNDES quer que Joaquim Levy dê explicações sobre a caixa-preta do BNDES.
“Agora é o momento para ele explicar por que não abriu a caixa preta do BNDES. A missão dele era mostrar os empréstimos internacionais, para os países da América e da África, para a JBS também”, disse o deputado José Nelto, líder do partido na Câmara.
O petista Paulo Bernardo será ouvido nesta segunda-feira pela CPI do BNDES na Câmara dos Deputados.
A presença do ex-ministro do Planejamento e das Comunicações atende a um requerimento da deputada Paula Belmonte, do Cidadania.
A CPI investiga suspeitas de irregularidades no BNDES entre 2003 e 2015.
Levy foi aconselhado pelo amigo Armínio Fraca a deixar o cargo depois que Jair Bolsonaro disse que sua cabeça estava a prêmio, por causa da nomeação de Marcos Pinto, que trabalhou para o governo do PT.
Bolsonaro já não estava satisfeito com o presidente do BNDES, que não abriu a caixa-preta dos contratos da era petista, como queria o presidente da República.
Além disso, Levy demorou para se desfazer da carteira de ações da BNDESPar e resistia a devolver ainda este ano até RS 126 bilhões de empréstimos do Tesouro Nacional ao banco.
BNDES expõe em seu site a lista dos maiores tomadores de recursos do banco.
Lidera o ranking a Petrobras, seguida da Embraer, Norte Energia e Vale. Em quinto lugar, aparece a Odebrecht.
Fernando Haddad foi ao Twitter neste domingo defender Marcos Barbosa Pinto, que ontem pediu demissão da diretoria da área de Mercado de Capitais do BNDES.
“Reconhecimento: Marcos Barbosa Pinto, pivô da demissão de Levy do BNDES, me assessorou na formatação de 2 projetos de lei: Prouni e PPP. Sua contribuição técnica foi inestimável para o sucesso destas iniciativas. Bozo não conseguiria conviver com tanto talento!”, disse o petista.
-PINTO REALMENTE AJUDOU MUITO O PT A AFUNDAR O BRASIL.
Paulo Guedes disse antes de Joaquim Levy ser demitido, para devolver o quanto antes os recursos que o Tesouro emprestou para o banco.
“Levy, por favor, despedale, tem que devolver”, disse, sem especificar quanto nem quando pretende ter os recursos de volta.