A Justiça do Distrito Federal concedeu, nesta quinta-feira (18/5), liberdade provisória ao ex-médico Lauro Estevão Vaz Curvo, 63 anos. Ele estava preso desde quarta-feira (17/5), por abandonar a mãe, de 93, no Hospital Militar de Brasília (Hmab). A liberação da cadeia ocorreu sem necessidade de pagamento de fiança.
Na decisão, a 8ª Vara Criminal de Brasília o proibiu de se ausentar do Distrito Federal por mais de 30 dias sem comunicar à Justiça.
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Lauro foi preso em flagrante na quarta-feira (17/5), após o Hmab acionar a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e informar sobre o abandono da idosa — ela tinha recebido alta havia 30 dias, mas o ex-médico se recusava a levar a mãe para casa.
O registro profissional dele junto ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) está cassado, pois, em 2021, o então ginecologista foi condenado pelo crime de violação sexual mediante fraude.
Informações da entidade mostram que Lauro também teve os documentos cassados nos estados de Goiás e do Amazonas.
Condenação por abuso sexual
Entre 2009 e 2010, Lauro foi acusado por duas pacientes de tocá-las indevidamente durante exames clínicos, no Centro de Saúde nº 1, em São Sebastião. À época, uma delas tinha 17 anos e estava grávida.
O então ginecologista foi condenado em primeira e segunda instâncias, em 2013, mas recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em 2016, a Corte analisou recurso apresentado pela defesa do ex-médico e decidiu reduzir a pena, com manutenção da perda do cargo público.
No processo, constava que Lauro havia sido demitido por fatos semelhantes quando era médico militar, com patente de capitão, no Exército Brasileiro. Ainda assim, ele conseguiu ingressar no serviço público do DF, como ginecologista, no Centro de Saúde de São Sebastião.
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