Benedito Gonçalves, relator do pedido de cassação de Dallagnol no TSE, já foi alvo da Lava Jato, por sua proximidade com Léo Pinheiro (empreiteira OAS), envolvida em corrupção. Antes da homologação da delação de Léo Pinheiro (2019), houve a abertura de um procedimento de investigação contra Gonçalves. A PGR pediu o arquivamento.
Pinheiro revelou ter conhecido Gonçalves em 2013, e que se reuniu com o ministro para tratar de disputas judiciais envolvendo a OAS. Até o início de 2014, Benedito julgou a favor de duas causas que a empresa pleiteava no STJ.
“Na época, o ministro buscava angariar apoio no meio empresarial para a sua candidatura ao STF”. Em mensagens com o presidente da OAS, Gonçalves pediu “empenho e dedicação” ao seu “projeto”. Em encontros, solicitou que Pinheiro falasse com políticos com quem tinha relação.
Pinheiro afirmou que, em 2014, a OAS contratou o cartório onde um filho do magistrado trabalhava no Rio de Janeiro, para serviços de autenticação e reconhecimento de firma, com pagamentos mensais da OAS de R$ 5 mil a R$ 7 mil.