Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena são acusados pela morte pela morte de Wesner Moreira da Silva, em um lava-jato. Eles foram condenados a 12 anos de prisão, porém os dois condenados continuarão em liberdade, após a defesa deles entrar com recurso.
O adolescente morreu depois que Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena introduziram uma mangueira de ar comprimido no corpo da vítima, em fevereiro de 2017.
Pela manhã, antes do início do julgamento, Marisilva Moreira da Silva, mãe da vítima, falou sobre a sentença que esperava para os réus.
“Eles achavam que não ia acontecer, que eles não iam ser presos. Eles não podem tirar a vida porque eles não são ninguém. Estamos aqui firmes”, desabafou Marisilva. O juiz do caso, Carlos Alberto Garcete, entretanto, fixou a pena mínima para homicídio.
Relembre o caso
Wesner perdeu parte do intestino ao ser agredido com uma mangueira de ar comprimido pelo ânus. Segundo a polícia, não houve introdução, mas a força do ar devastou os órgãos. Depois de 11 dias internado na Santa Casa de Campo Grande, o adolescente morreu em consequência de uma complicação no esôfago que ocasionou perda de líquido e sangue.
Enquanto esteve no hospital, o adolescente contou para a família detalhes sobre a agressão, disse que perdoava os suspeitos, mas pediu que eles fossem presos, segundo a família.
Na época, o dono do lava-jato Thiago Demarco Sena e o colega William Henrique Larrea disseram que tudo foi uma “brincadeira” e a polícia entendeu que não houve conotação sexual, por isso, o caso foi registrado como lesão corporal. Antes de morrer, Wesner negou que tratou de brincadeira.
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