Alexandre Padilha toma posse como ministro da Saúde nesta segunda-feira (10/3), em cerimônia no Palácio do Planalto. Durante o discurso de posse, o político apresentou quais serão as prioridades da gestão dele à frente da pasta, como ampliar o número de atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS) e a vacinação contra a dengue.
“Nós vamos teimar, porque é desumano, a angustia e insônia de uma família inteira que aguarda para conseguir fazer uma biopsia , já que a prioridade do diagnóstico é decisiva para a chance de cura do câncer”, disse Padilha. “Assumo aqui o compromisso de trazer esse desafio histórico para o centro das nossas ações, de toda a equipe e órgão do Ministério da Saúde. Vamos entender, enfrentá-lo e vencê-lo. Essa será mais do que uma prioridade, será nossa agenda diária de trabalho e como serviço da saúde de urgência são 24 horas o dia de segunda a segunda buscando reduzir o tempo para quem espera um atendimento especializado no nosso país. ”
O ministro deixa a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que passará a ser ocupada pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR). Padilha assume o lugar de Nísia Trindade, um nome técnico que havia sido indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Reforma ministerial
- Alexandre Padilha assume o Ministério da Saúde, posto que já ocupou no governo Dilma Rousseff (PT).
- Padilha sai da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que será comandada por Gleisi Hoffmann (PT-PR).
- Deputados e senadores esperam um diálogo mais forte com o Ministério da Saúde devido à experiência de Padilha no Congresso.
- Ministério tem um dos maiores orçamentos e é responsável por 50% das emendas individuais parlamentares.
Quem é Padilha?
Alexandre Rocha Santos Padilha, de 53 anos, é deputado federal eleito pelo PT de São Paulo. Na vida política, foi ministro das Relações Institucionais do segundo governo Lula e da Saúde durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT).
Médico infectologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Padilha possui PHD pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em São Paulo, Padilha chefiou a Secretaria Municipal de Saúde, durante a gestão de Fernando Haddad.
Dificuldades
No terceiro governo Lula, Padilha era responsável pela articulação do Palácio do Planalto com os demais Poderes, No entanto, o ministro tinha dificuldade em dialogar, em especial, com a Câmara dos Deputados, devido a atritos com o ex-presidente da Casa Legislativa Arthur Lira (PP-AL).
Na articulação com os parlamentares, deputados e senadores criticaram o trabalho realizado por Alexandre Padilha. Pontuando que havia dificuldades de fechar acordos com o governo Lula.
Agora à frente do Ministério da Saúde, a expectativa de alguns parlamentares é de que o diálogo com a pasta fique fortalecido. Uma vez que Padilha é um deputado eleito e possui experiência dentro do Congresso Nacional.
O Ministério da Saúde é uma das pastas com o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. Por isso, há pressão por parte dos deputados e senadores para indicação parlamentares, uma vez que o ministério é responsável por 50% das emendas parlamentares.