O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve nessa quinta-feira (9/1) a sua primeira reunião sobre a posição do Brasil na presidência do Brics em 2025.
De acordo com interlocutores, a conversa teve tom preparatório, mas evidenciou a preocupação do Planalto com quais nomes convidar e quais deixar de fora dos encontros preparatórios e da Cúpula do bloco, que está programada para ocorrer em julho, no Rio de Janeiro.
A maior dúvida é sobre como se dará a participação da Rússia e, também, da China. Os russos enfrentam sanções por causa da guerra na Ucrânia, e o presidente Vladimir Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional.
Sobre os chineses, o cuidado envolve a guerra comercial promovida com a Europa e os Estados Unidos.
Participaram da reunião com Lula os ministros Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).
Também compareceram a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior; o assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Celso Amorim; e o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello.
Brasil na presidência
O Brics é formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Recentemente, mais membros aderiram: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. As agendas com os iranianos, em meio à guerra de Israel na Palestina, também é motivo de atenção.
O Brasil assumiu a presidência do Brics no dia 1/1 e segue até o fim de 2025. Em seu primeiro ato na presidência do bloco, o governo Lula anunciou que a Indonésia se juntara na condição de membro pleno.