A caderneta de poupança registrou saque líquido de R$ 11,5 bilhões em março, conforme dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira (7/4). Segundo o BC, os depósitos somaram R$ 339,6 bilhões e as retiradas foram de R$ 351,1 bilhões.
Esta é a maior retirada líquida (quando os saques são superiores aos depósitos) para o mês desde 2022, quando os brasileiros sacaram R$ 15,4 bilhões da caderneta de poupança.
Caderneta de poupança em 2024
- A saída líquida foi de R$ 15,5 bilhões no ano passado, com R$ 4,17 trilhões em depósitos e R$ 4,21 trilhões em retiradas.
- Foi o melhor resultado em termos de captação líquida nos últimos quatro anos. Em 2020, foi registrado captação positiva de mais de R$ 166 bilhões na poupança, enquanto em 2021 teve captação negativa de R$ 35,4 bilhões.
- O resultado dos saques representa um recuo em relação a 2023, quando registrou saída líquida de R$ 87,8 bilhões da poupança — segunda maior da série histórica iniciada em 1995.
A poupança no 1º trimestre
No primeiro trimestre, a caderneta de poupança teve retirada líquida de R$ 45,69 bilhões — a maior densidade de saque ocorreu no mês de janeiro, de R$ 26,2 bilhões. No mesmo período do ano passado, a saída foi de R$ 22,63 bilhões.
Confira a saída mês a mês:
- Janeiro: R$ 26,2 bilhões
- Fevereiro: R$ 8 bilhões
- Março: R$ 11,5 bilhões
No ano, os aportes na caderneta acumulam R$ 998,5 bilhões, enquanto as retiradas somam R$ 1,04 trilhão.
O estoque investido na poupança está em R$ 1 trilhão. O resultado está acima de R$ 1 trilhão pelo décimo mês consecutivo. Em março do ano passado, o valor era de quase R$ 975,8 bilhões. Em 2024, o saldo era de R$ 1,03 trilhão.