O Brasil criou 431.885 vagas de emprego formal (ou seja, com carteira assinada) em fevereiro de 2025. Esse número representa alta substancial em relação a janeiro, quando o país criou 137.303 postos com carteira assinada (dados com ajuste). Esta é a maior variação absoluta desde 2020 e uma das maiores variações relativas da série.
O saldo é decorrente de 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos. “Fevereiro é um mês extremamente positivo em termos de geração de emprego”, frisou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Os dados referentes ao emprego formal no país estão presentes no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro, divulgado nesta sexta-feira (28/3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No acumulado de janeiro a fevereiro de 2025, há um saldo de +576.081 vagas, superior ao verificado no mesmo período de 2024 (+480.733).
Já no acumulado dos últimos 12 meses (de março de 2024 a fevereiro de 2025), o saldo é de +1.782.651, superior ao observado no mesmo período anterior (de março de 2023 a fevereiro de 2024), quando foi +1.592.411.
O ministro argumentou que o resultado é consequência dos programas lançados nos últimos anos, como abertura de crédito e incentivos à indústria. “Todo esforço passa a ser recompensado pelos resultados extremamente positivos no emprego”, disse Marinho.
Setores e estados
Todos os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldos positivos, com destaque para o de serviços. Veja:
- serviços, com criação de 254.812 postos (1,10%);
- indústria, com criação de 69.884 postos (0,78%);
- comércio, com criação de 46.587 postos (0,44%);
- construção, com criação de 40.871 postos (1,41%); e
- agropecuária, com criação de 19.842 postos (1,08%).
Em fevereiro, foram registrados saldos positivos em 26 das 27 unidades federativas, com destaque para São Paulo (+137.581), Minas Gerais (+52.603) e Paraná (+39.176). O estado que teve desempenho negativo foi Alagoas, que fechou 5.471 postos de trabalho.
Salário médio
O salário médio real em fevereiro foi de R$ 2.205,25, com redução de 79,40 (-3,48%) em comparação com o valor de janeiro de 2025 (R$ 2.284,65). Enquanto na comparação com fevereiro do ano passado, que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 14,97 (ou +0,68%).
Para os trabalhadores considerados típicos, o salário foi de R$ 2.242,72 (1,7% maior que o valor médio), enquanto aqueles considerados não típicos tinham salário médio de R$ 1.971,11 (10,6% menor que o valor médio).