A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que não está no radar uma edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) em 2026, em razão de o próximo ano ser eleitoral. A informação foi adiantada ao Metrópoles em entrevista com a ministra, publicada no último sábado (29/3).
Ao ser questionada sobre a continuidade do chamado “Enem dos Concursos”, Dweck disse que fazer o CNU em 2026 seria “muito mais difícil” devido às eleições. A expectativa do governo federal é homologar a edição de 2025 antes da defesa eleitoral, em junho.
“Em 2026, não deve ter, porque não dá tempo de fazer no período eleitoral, antes da eleição. Mas a gente está avaliando se precisa de [projeto de] lei. Assim, como vocês viram, não precisa de lei para fazer. É claro que precisa de vontade política”, reforçou.
1ª edição do CNU
- As provas da primeira edição do CNU foram aplicadas em 228 municípios do país em 18 de agosto, após serem adiadas pelo governo federal devido aos impactos das chuvas no Rio Grande do Sul.
- Os candidatos concorrem a uma das 6.640 vagas, distribuídas em 21 órgãos federais.
- O concurso foi dividido em oito blocos temáticos, com vagas para ensino médio e superior.
- A abstenção do Concurso Unificado foi de 54,12%. Ou seja, cerca de 970 mil candidatos fizeram o exame.
- Embora tenha um alto número de ausências, o CNU tornou-se o maior concurso da história do país.
- O primeiro “Enem dos Concursos” custou R$ 144,4 milhões aos cofres públicos.
Escolha da banca começará em abril
O Termo de Referência para a escolha da banca organizadora do Enem dos Concursos deve ser lançado neste mês, com aplicação de provas previstas entre setembro e outubro. A homologação do concurso deve ocorrer até o fim de junho de 2026.
A segunda edição do CNU terá um único edital, ou seja, o documento será unificado para todos os blocos temáticos, diferentemente da primeira versão do concurso público, que contou com oito editais separados.
Além disso, as chamadas “bolinhas” para o preenchimento dos cartões de resposta, que causaram muita polêmica na primeira edição do certame, serão substituídas por um código de barras que identifica o candidato.
O sistema funcionará da seguinte forma: cada caderno de questões virá com um código único, que identificará o candidato sem revelar os dados pessoais aos corretores. O governo espera que a tecnologia agilize a correção e a divulgação de resultados.