O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá representantes de centrais sindicais, nesta terça-feira (29/4), para discutir pautas da classe trabalhadora, entre elas, o fim da jornada 6×1 e o projeto de isenção do Imposto de Renda.
O encontro ocorre após o titular do Planalto decidir faltar ao ato em comemoração ao Dia do Trabalhador, no próximo 1º de maio, em São Paulo. Lula participou do evento nos últimos dois anos.
1º de Maio
- Centrais sindicais irão entregar documento com as principais reivindicações para 2025, como redução da jornada de trabalho sem redução salarial, valorização da negociação coletiva e transição econômica com desenvolvimento sustentável.
- Lula gravou, no Palácio da Alvorada, um pronunciamento para o dia 1º de Maio. O petista não comparecerá ao evento em São Paulo no Dia do Trabalhador, diferentemente dos anos anteriores.
- Em 2024, Lula participou do ato no estacionamento da Neo Química Arena, em São Paulo, que reuniu cerca de 1.635 pessoas, segundo o Monitor do Debate Político da USP (margem de erro de 12%).
Nesta terça, representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical e outras entidades sindicais promoverão uma marcha em Brasília, em direção ao Congresso Nacional, para reivindicar pautas como a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. Após a manifestação, o grupo vai ao Palácio do Planalto entregar a Lula um documento com as principais prioridades da classe.
“São 26 reivindicações e proposições encabeçadas pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário; fim da escala 6X1, valorização da negociação coletiva, passando pela isenção do IR até a transição ecológica que garanta um desenvolvimento sustentável, entre outras”, destaca o movimento.
Apesar de faltar ao evento em São Paulo, o presidente Lula gravou um pronunciamento, para cadeia de rádio e televisão, para comemorar o 1º de maio. A mensagem foi gravada no Palácio da Alvorada na segunda-feira (28/4).
Em 2024, o petista marcou presença no ato das centrais sindicais no estacionamento da Neo Química Arena, em São Paulo, mas o encontro reuniu menos de duas mil pessoas, segundo estimativa do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP).
Reivindicações
As 26 reivindicações de centrais sindicais vão desde a proteção do meio ambiente até a isenção do imposto de renda. O fim da escala 6×1, por exemplo, onde o trabalhador atua por seis dias consecutivos e tem apenas um descanso semanal, tem sido discutido na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, onde há duas propostas em análise.
A matéria mais avançada é do senador Paulo Paim (PT-RS), PEC 148/2015, que propõe a jornada de 36 horas semanais sem redução salarial. Atualmente, a proposta tem sido alvo de audiências públicas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Outro tema colocado como prioritário é o projeto que amplia a isenção do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) para o trabalhador que recebe até R$ 5 mil mensais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a votação da matéria irá ocorrer no segundo semestre de 2025. “Nós temos dois meses, mas tem o período de recesso. Então, penso que talvez fique para a Câmara votar no pós-recesso, já no segundo semestre. Não acredito que a Câmara vote isso antes”, disse Motta durante o evento J. Safra Macro Day, realizado em São Paulo nessa segunda-feira (28/4).
A comissão especial que irá discutir o tema será instalada na próxima semana. O projeto tem Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa, como relator.
