A troca na Secretaria de Comunicação Social (Secom) do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) representa uma nova etapa para o governo. A comunicação é uma das preocupações do petista nestes dois últimos anos de gestão, tendo em vista a aproximação das próximas eleições gerais, em 2026.
Sidônio Palmeira, escolhido para assumir a Secom, definiu o momento como um “segundo tempo” de um jogo. “Estamos começando um segundo tempo, é como se fosse uma corrida de baliza que vai entregar, já estou pegando e tendo evolução”, pontuou, na terça-feira (7/1), ao receber jornalistas no gabinete oficial, junto a Paulo Pimenta, chefe da Secom que está de saída.
Na conversa com a imprensa, Sidônio disse não gostar do termo “marqueteiro”, como já foi descrito pelo seu trabalho em campanhas eleitorais, incluindo a de Lula em 2022.
“Nunca trabalhei no governo. Sou publicitário, não gosto do termo marqueteiro”, esclareceu. Apesar disso, ele falou estar animado com o desafio e disse ter intenção de dar “continuidade” ao trabalho de Pimenta.
Sidônio também apontou desafios para alavancar a comunicação do governo. Para o futuro ministro, é preciso “evoluir” a presença no campo digital e fazer as ações do governo “chegarem na ponta”.
“É importante também que na gestão não seja analógica, que ela comunique com as pessoas que estão sendo atendidas. Na área de saúde, é importante que comunique, numa parte de vacinação, por exemplo, que as pessoas saibam onde se vacinar e tudo. Isso é uma forma de comunicação que muitas vezes não sai somente aqui da Secom. Pode sair também de um aplicativo”, defendeu.
Sidônio assume, oficialmente, a Secom na próxima semana, mas já é presença comum no Palácio do Planalto. Ele frequentava o gabinete de Lula e almoços com Rui Costa, ministro da Casa Civil, dando consultoria de maneira informal.
Nas últimas semanas, já auxiliou em peças de comunicação do governo, como o pronunciamento de Natal de Lula.
