A Justiça do Distrito Federal decidiu desbloquear uma conta bancária do vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após o pagamento de uma dívida de quase meio milhão com o banco Santander. Com isso, R$ 16,6 mil que estavam retidos na conta dele foram devolvidos.
O valor bloqueado estava em uma conta do Banco de Brasília (BRB) e foi liberado, após Jair Renan quitar, à vista, R$ 409.542,14 ao Santander, conforme acordo firmado entre as partes. O caso foi revelado em primeira mão pelo Metrópoles.
Com o pagamento, o juiz responsável determinou o arquivamento do processo, encerrando a ação judicial que tramitava no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) contra o vereador eleito por Balneário Camboriú (SC).
A dívida vinha sendo cobrada desde junho de 2023, quando uma empresa ligada ao filho “04”, a RB Eventos e Mídia Eireli, contratou um empréstimo de R$ 291,4 mil e deixou de quitar o valor. Com juros e multas, o débito subiu para R$ 360,2 mil e, posteriormente, chegou a R$ 433,3 mil.
Diante do calote, o Santander acionou a Justiça para tentar reaver o valor. No fim de fevereiro deste ano, Jair Renan e o banco firmaram um acordo, com a promessa de pagamento até o último dia do mês — o que foi cumprido, conforme comprovante apresentado à Justiça.
Na negociação, Jair Renan alegou não ter condições financeiras para pagar o montante de forma integral, motivo pelo qual solicitou o acordo, aceito pela instituição bancária.
A reportagem entrou em contato com a defesa do vereador, que alegou que Jair Renan foi vítima de um estelionatário já conhecido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e pela Justiça.
Cláusulas do acordo
Segundo o contrato obtido pela reportagem, se o pagamento não fosse efetuado até o dia útil seguinte ao vencimento, seria aplicada uma multa de 2% sobre o valor da parcela acordada.
Além disso, o descumprimento implicaria a reconstituição da dívida nos moldes originais. Nessa hipótese, o banco poderia retomar a cobrança por vias judiciais, inclusive com novo bloqueio de contas ou apreensão de bens do vereador.