A cúpula do PP (Partido Progressistas) avalia que o anúncio formal da federação com o União Brasil deve ser feita até o fim de abril. O PP já deu aval interno para o avanço da federação e o diagnóstico do partido é que as negociações já estão “99% resolvidas”.
Caso se concretize, a federação PP-União Brasil pode se tornar a maior bancada da Câmara dos Deputados, potencializando a força do Centrão no Congresso. Na prática, a federação faz com que os dois partidos sejam considerados um só no dia a dia das atividades legislativas, portanto, a bancada na Casa pode chegar a 108 deputados, caso não haja desfiliações depois da efetivação do movimento.
No Senado, a federação também se tornaria uma grande força, com 13 senadores, incluindo o presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Pela regra eleitoral, o tamanho da bancada da Câmara define o fundo eleitoral para os partidos. Atualmente, a maior bancada é do PL, com 92 deputados. Caso a federação se concretize ainda este ano, PP e União Brasil vão passar a ter já em 2026 a maior fatia dos recursos.
Atualmente existem três federações em funcionamento no Congresso. A dos partidos PT-PCdoB-PV, que contabiliza 80 deputados, a federação PSDB-Cidadania, com 17 congressistas, e a do PSol-Rede, com 14 parlamentares. O Cidadania decidiu nas últimas semanas que vai encerrar a federação com o PSDB nas eleições de 2026.
Diretórios estaduais já divididos entre PP e União Brasil
Como mostrou o Metrópoles, previamente os partidos já fizeram uma divisão dos comandos estaduais. A cúpula da federação terá a palavra final nos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além disso, a direção também tomará as decisões sobre Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins.
O PP de Ciro Nogueira ficará com o comando do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.
Já o União Brasil, presidido por Antônio de Rueda, comandará as decisões nos estados do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.