A defesa do hacker Walter Delgatti Neto solicitou, nesta quarta-feira (8/1), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a transferência do hacker para a Penitenciária II “Dr. José Augusto Salgado” de Tremembé, em São Paulo.
Em 2023, o ministro Alexandre de Moraes pediu a prisão preventiva do hacker. Ele é investigado por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e incluir documentos falsos junto ao Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Atualmente, Walter Delgatti está detido no Centro de Detenção Provisória de Araraquara, também em São Paulo. A defesa do hacker alega que o caso em que ele está sendo investigado ganhou grande repercussão na mídia, o que fez com que ele se tornasse alvo fácil de ameaças de outros detentos.
O advogado Ariovaldo Moreira argumenta que a escolha do presídio de Tremembé se dá em decorrência da segurança do estabelecimento, que abriga outros criminosos alvos de processos de grande repercussão.
“A escolha deste estabelecimento se justifica por abrigar detentos de casos de maior repercussão, no que se encaixa o perfil do acusado. Assim, presume-se melhor preparada para preservar a integridade do custodiado, no período em que permanecer recolhido”, argumenta a defesa.
Estão detidos em Tremembé, por exemplo, o ex-jogador de futebol Robinho e Cristian Cravinhos, condenado pelo homicídio do casal Von Richthofen.
Invasão ao CNJ
Walter Delgatti e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) são alvos de ação por suposta invasão ao sistema do CNJ. As investigações apontam que o hacker incluiu mandados e alvarás de solturas falsos no sistema do Conselho de Justiça a mando da parlamentar.
Delgatti teria acessado o sistema por meio do login de um funcionário do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) que trabalha de forma remota.