Uma greve de advertência da categoria de petroleiros da Petrobras começa, nesta quarta-feira (26/3), com duração de 24 horas. Entre as principais pautas estão: remunerações, teletrabalho e fim de “dificuldades” nas negociações.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a paralisação das atividades trata-se de “uma advertência às tentativas da gestão Magda Chambriard [presidente da Petrobras] de esvaziar os fóruns de negociação coletiva”.
Entenda a crise do teletrabalho na Petrobras
- Em 9 de janeiro, a diretoria da Petrobras informou que aumentaria a escala de trabalho presencial de dois para três dias, com exceção para pessoas com deficiência (PCDs) e pais de PCDs. Assim, os dias de teletrabalho seriam reduzidos de três para dois.
- Embora tenha sido alvo de críticas, a companhia afirmou que essa carga tem sido seguida por gerentes desde setembro de 2024.
- O plano da Petrobras era que a medida passasse a valer a partir de 7 de abril para empregados sem função gratificada e em 10 de março para funcionários com funções.
- A alteração na carga de trabalho, considerada uma “decisão unilateral” pelos sindicatos, desagradou os funcionários da companhia.
- Em reação ao adiamento da primeira reunião, o movimento sindical petroleiro instaurou “estado de greve”.
Ao Metrópoles, pessoas ligadas ao movimento sindical petroleiro afirmaram que a greve teve “uma excelente adesão”.
Petroleiros acusam gestão Chambriard
Ambas as federações dos petroleiros alegam que a “postura autoritária” de Chambriard “coloca em xeque a boa-fé negocial, além de ignorar as principais reivindicações da categoria”.
“Com participação expressiva nas assembleias, os trabalhadores e as trabalhadoras estão reafirmando que não aceitarão a volta da cultura do medo na Petrobras”, declararam os funcionários.
Entre as reivindicações estão:
- Respeitar as negociações entre funcionários e Petrobras;
- Garantir o pagamento da remuneração variável, que teve redução de 31% nos valores anunciados pela companhia;
- Defender os moldes do teletrabalho;
- Reabrir as negociações sobre planos de previdência;
- Criar planos de cargos, carreira e salário que beneficiem os trabalhadores;
- Repor o efetivo, com a convocação de novos concursados; e
- Melhorar as condições de segurança e trabalho.