Desde o início do primeiro governo do PT, as pessoas minimamente informadas já sabiam que a ‘lua de mel” com o Brasil acabaria junto com o dinheiro que sustentava as tais “tenebrosas transações” a que se referia Chico Buarque, em outros tempos, ainda não tão ruins como os que estamos querendo ver passar para a história.
O plano de tomada do poder incluía, além da conquista do executivo por um líder populista, a compra do legislativo, o aparelhamento da Suprema Corte e a cooptação das FFAA.
O legislativo foi fácil, bastou chegar ao seu preço, utilizando o “Mensalão”, o “Petrolão” e a corrupção. O STF era só uma questão de tempo. Já para as FFAA, na cabeça insana de quem julga os outros por si próprio, seria suficiente oferecer-lhes migalhas salariais e equipamentos mais modernos.
A Marinha já tinha o projeto do submarino nuclear (PROSUB) e a Força Aérea o dos caças (FX), bastava, portanto, incrementá-los, acenando com um pouco mais recursos e o encurtamento dos prazos. Ao Exército, maior e mais diversificado e que só tinha o incipiente projeto de um novo blindado, foi dada a liberdade para criar e desenvolver os projetos necessários para a efetivação da sua operacionalidade.
Tudo funcionou relativamente bem enquanto durou o “pouco mais de dinheiro”. Quando este acabou, restaram os projetos e quase nada além do que já existia.
O PT, na realidade, nunca teve a intenção de cumprir o que prometia, mas acreditava que poderia iludir marinheiros, soldados e aviadores de forma a cooptá-los para apoiar o seu maligno projeto bolivariano de poder.
Esqueceram-se de que conviver com governos eleitos, dentro da ordem constitucional, não significa concordar ou mesmo aliar-se a eles ou a seus planos.
Deram com os burros n’água! Basta ler o Relatório de Teses do PT, de 2015, que apresenta como fator de fracasso o fato de não terem conseguido subornar os militares para o seu projeto de poder.
As FFAA são, foram e sempre serão as mais poderosas garantidoras da democracia no Brasil. Aparentemente, o PT não sabia ou não acreditava nisso!
(Texto do General Paulo Chagas)