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Governo de GO critica inércia de dona de lixão que desabou no Entorno

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A Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Goiás criticou a demora da empresa Ouro Verde, responsável pelo lixão que desmoronou em Padre Bernardo, em agir para solucionar o problema.

Em 18 de junho, uma montanha de lixo foi parar no Córrego Santa Bárbara, contaminando o curso d’água.

A Semad analisou o plano de ação emergencial proposto pela dona do lixão na noite dessa terça-feira (24/6). Segundo a pasta, há medidas de caráter emergencial que não dependem de autorizações prévias e que já deveriam ser executadas. Seriam elas:

  • A contratação de empresa especializada para fazer levantamentos geotécnicos;
  • Início imediato das análises de qualidade da água superficial;
  • Instalação de placas de isolamento e sinalização;
  • Comunicação clara e tempestiva à população potencialmente exposta.

“Nenhuma dessas ações foi realizada da forma como deveria, até o momento em que o parecer foi redigido”, destaca a pasta em nota. “O maior entrave está na inércia operacional da empresa na situação”, acrescenta.

“A principal finalidade do levantamento de riscos e da elaboração do PAE é a execução imediata das medidas corretivas e emergenciais, e não apenas o planejamento teórico”, completa.

Medidas da empresa

A empresa Ouro Verde propôs a instalação de sensores de movimentação do solo, contenção com diques e monitoramento geotécnico; mas a Semad afirmou que ainda não foi apresentado vínculo formal com empresa especializada, a despeito da urgência do assunto.

Os sensores mencionados exigem instalação técnica especializada, e não há comprovação de viabilidade ou aquisição.

Para o risco de extravasamento do chorume, a empresa sugeriu a construção de barragens emergenciais, desvio de fluxo limpo e bombeamento de chorume para uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

12 imagensAterro de Padre BernardoO lixo estaria mal armazenadoFechar modal.1 de 12

Área de rio com lixo proveniente de aterro

Área do Meio Ambiente e Consumidor e da 2ª Promotoria de Justiça de Padre Bernardo2 de 12

Aterro de Padre Bernardo

Área do Meio Ambiente e Consumidor e da 2ª Promotoria de Justiça de Padre Bernardo3 de 12

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O lixo estaria mal armazenado

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Foto da suposta emissão de gases

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Mais lixo encontrado de forma irregular no local

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A proximidade do aterro com áreas de proteção ambiental

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Segundo o documento, o solo estaria mal preparado para receber um aterro

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Os técnicos encontraram lixo hospitalar no local

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Fotos anexadas ao relatório do ICMBio de fevereiro

A Semad, em resposta, exigiu o esvaziamento imediato das lagoas de chorume (onde estima-se que haja volume de 6 mil metros cúbicos).

Para o odor excessivo e a proliferação de vetores, a Ouro Verde propôs aplicação de cal e cobertura com solo. A resposta da Semad foi: “a proposta é genérica e não especifica os locais ou a metodologia de aplicação. A empresa deverá justificar tecnicamente e comprovar a execução com registros específicos”.

Para lidar com a desinformação das comunidades que moram próximo ao lixão, a Ouro Verde propôs visitas domiciliares e distribuição de boletins informativos. A Semad disse que essa ação nunca dependeu de autorização e já deveria ter sido realizada.

Situação de emergência

Na segunda-feira (23/6), a prefeitura de Padre Bernardo decretou, situação de emergência no município pelo prazo de 180 dias, em razão do episódio que ocorreu no lixão Ouro Verde. Determinou-se aos órgãos e entidades da administração pública municipal que prestem apoio à população nas áreas afetadas, em articulação com a Semad e a Defesa Civil.

O documento autorizou a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos, caso necessário, junto à comunidade com o objetivo de facilitar as ações de assistência às pessoas afetadas.

O decreto permite que a administração municipal adquira, com dispensa de licitação, bens necessários às atividades de resposta ao desabamento da montanha de lixo, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de um ano, contado a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos.

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Imbróglio judicial

O aterro funciona em uma área de mais de 10 hectares, que, segundo órgãos públicos, abrange uma região de conservação de vida silvestre na encosta de uma chapada.
O aterro estava funcionando há anos amparado por uma decisão liminar. Ele operava em zona de conservação da Área de Preservação Ambiental (APA) do Rio Descoberto — segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), sem licenciamento do estado de Goiás.

O empreendimento é alvo de uma ação civil movida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e pelo Ministério Público Federal (MPF). O local é acompanhado pelo órgão desde 2016, ano em que começou a atuar “sem os devidos estudos ambientais que comprovem sua viabilidade para a garantia da proteção ambiental”.

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