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Itamaraty condena perseguição a opositores de Maduro na Venezuela

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O governo brasileiro afirmou, neste sábado (11/1), que condena os recentes episódios de prisões, ameaças e perseguições a opositores políticos promovidos pelo regime do presidente da Venezuela, Nicólas Maduro.

Entenda a situação na Venezuela:

  • O presidente Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10/1), após eleição em que seu regime se recusou a divulgar as atas de votação. Ele está no poder desde 2013, tendo assumido o posto depois da morte de Hugo Chávez, que estava no comando do país desde 1999.
  • Militares fecharam a fronteira da Venezuela com o Brasil no dia da cerimônia de posse de Maduro.
  • Na véspera do evento, a líder da oposição, María Corina Machado, foi momentaneamente detida. Adversário de Maduro na eleição passada, Edmundo González prometeu voltar à Venezuela.
  • Em meio à tensão, o governo Lula (PT) tenta se colocar como mediador do conflito. Por isso, enviou uma diplomata para a posse.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty, condenou as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela, que se intensificaram após o conturbado processo eleitoral realizado em julho de 2024.

“Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas –, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos”, diz trecho do texto publicado pelo Itamaraty.

O governo reforçou que, para a “plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física”.

Por fim, o Brasil disse que tenta convencer “as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas”.

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