Segundo a Folha de S. Paulo, o empreiteiro relatou à Lava Jato que o chefe da ORCRIM pressionou-o pessoalmente a contratar a empresa do marido da “amiga do amigo” por 1,8 milhão de reais.
Rosemary, “a amante de Lula”, começou a ter vínculos com o petista ainda na década de 80. Ela era responsável pela conta bancária do petista ainda quando Lula era sindicalista. Posteriormente, foi convocada por ele para assessorá-lo no PT e no governo federal. Em 2012, Rosemary foi alvo da Operação Porto Seguro.
Relembre o caso
Em 2014, com 53 páginas do relatório do inquérito, o delegado da PF Ricardo Hiroshi Ishida apontou que “a quadrilha” agia para obter “facilidades junto a órgãos públicos por meios ilícitos”, cometendo “crimes de corrupção” para “atender interesses de empresários”.
Influência Política
Ainda de acordo com o relatório da PF na época, a atuação da ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, era como um braço de influência política na estrutura da quadrilha.
De ímpeto, ela foi indiciada por tráfico de influência, corrupção passiva e falsidade ideológica.
Mas, com o andamento do caso e após o material apreendido pela PF no escritório da presidência, o delegado Ricardo Hiroshi Ishida decidiu indiciá-la também por formação de quadrilha.
Mais de três meses se passaram desde que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, fechou acordo de colaboração premiada com a PGR.
A polêmica delação, que atinge integrantes do Judiciário, ainda está à espera da homologação pelo ministro Edson Fachin.