O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a recondução de Nicolás Maduro à presidência da Venezuela e defendeu que a democracia só pode ser assegurada por meio de eleições limpas, com o respeito ao voto popular.
Entenda a crise venezuelana:
- Nicolás Maduro foi considerado eleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), da Venezuela, apesar de críticas de líderes internacionais pela não apresentação de atas eleitorais.
- O Brasil não reconheceu oficialmente o resultado do pleito, mas mandou sua embaixadora na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, para cerimônia de posse.
“A democracia exige eleições limpas, sem fraudes e respeito ao voto popular. Não aconteceu isso na Venezuela. A posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas”, escreveu Arthur Lira na rede social X.
Nicolás Maduro tomou posse como presidente nesta sexta-feira (10/1) durante cerimônia na Assembleia Nacional, em Caracas. O líder venezuelano não apresentou provas que garantisse a vitória nas urnas, mas foi considerado eleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
A posse de Maduro aconteceu com a baixa presença de líderes mundiais, até mesmo aqueles que são considerados peças chaves na diplomacia da América Latina, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O petista mandou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, para representar o governo brasileiro. Por outro lado, esteve presente o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega.
Eleições na Venezuela
A oposição de Nicolás Maduro reivindica a apresentação das atas eleitorais para que sejam verificados os votos. Segundo o CNE, o presidente venezuelano foi eleito com 50% dos votos.
Depois que Maduro foi considerado eleito, a perseguição aos opositores deles aumentou. Com a líder da oposição Maria Corina Machado vive escondida no país e Edmundo González, que concorreu à presidência contra Maduro, exilou na Espanha.