O ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) só tomará uma posição em relação ao aumento da taxa do aço e alumínio brasileiro por parte dos Estados Unidos depois de uma nova reunião com representantes norte-americanos.
O vice-presidente e ministro do Comércio, Geraldo Alckmin, irá se reunir com integrantes da Casa Branca na sexta-feira (14/3) para tratar do tema. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, formalizou, em fevereiro, o aumento em 25% da taxa que incide sobre o aço e o alumínio, medida essa que afeta o Brasil.
“Eu tenho uma reunião agendada para sexta-feira, que o Alckmin está liderando, com o governo americano para tentar chegar ao entendimento. O presidente só tomará alguma posição depois dessa reunião”, disse Rui Costa a jornalistas.
Questionado se o governo brasileiro também irá aumentar tarifas em cima de produtos norte-americanos, o ministro da Casa Civil indicou que a reciprocidade é um padrão dentro da diplomacia internacional.
“Esse é o padrão da diplomacia internacional. A palavra reciprocidade é usada muitas vezes nas relações diplomáticas. Em relações econômicas, é assim que os países se comportam, de forma recíproca. Esse é o padrão. No caso concreto, a decisão será tomada após essa reunião de sexta”, completou o ministro.
A agenda desta sexta será a segunda reunião de Alckmin com um representante da Casa Branca. Na semana passada, o vice-presidente conversou com o secretário de Comércio dos Estados Unidos (EUA), Howard Lutnick, sobre a taxação de aço e alumínio brasileiro.
Conforme o Instituto Aço Brasil, o mercado norte-americano importou 5,6 milhões de toneladas de placas em 2024, sendo 3,4 milhões do Brasil. A entidade destaca que os Estados Unidos mantêm um superávit comercial médio de US$ 6 bilhões com o Brasil nos últimos cinco anos, no setor de aço e derivados.
