O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse, nesta quarta-feira (23/4), em coletiva de imprensa sobre a operação da Polícia Federal que apura cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas do INSS, que a indicação do presidente do Instituto, Alessandro Stefanutto, é de sua “inteira responsabilidade”. O esquema foi revelado pelo Metrópoles.
Stefanuto, assim como toda a cúpula do INSS, foi afastado do cargo por decisão judicial, no âmbito da operação da PF. Em relação a isso, Lupi disse que cabe ao governo, apenas, cumprir a determinação judicial.
“A indicação do doutor Stefanuto é da minha inteira responsabilidade. O doutor Stefanuto é procurador da República, um servidor que até o presente momento tem me dado todas as demonstrações de que é exemplar, fez parte do grupo de transição do governo anterior para esse. Vamos, agora, no processo, que corre em segredo de Justiça, esperar as investigações, que estão em curso”, declarou.
“Vamos aguardar o desfecho desse processo, com os cuidados devidos, como diz a constituição, de garantir o amplo e total direito de defesa para cada cidadão e cidadã, para que a gente não coloque essas pessoas para queimar numa fogueira, sem antes dar o direito de defesa para sabermos realmente o que estão sendo acusados”, ponderou o ministro.
Além de Stefanuto, foram afastados o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, o procurador-geral junto ao INSS, o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios.